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Brasil supera França em jogão com set 'interminável' e fica em 2º no vôlei

Com o segundo lugar do grupo garantido na classificação, o Brasil agora espera o fim da fase de grupos para descobrir seu adversário nas quartas de final

Brasil supera França em jogão com set 'interminável' e fica em 2º no vôlei
Notícias ao Minuto Brasil

11:13 - 01/08/21 por Folhapress

Esporte VÔLEI-MASCULINO

FELIPE PEREIRA
TÓQUIO, JAPÃO (UOL/FOLHAPRESS) - Um show de vôlei foi presenciado na madrugada deste domingo na Arena Ariake. Em um jogo intenso do início ao fim, o Brasil venceu a França por 3 sets a 2 na madrugada deste domingo (1º), com parciais de 25/22, 37/39, 25/17, 21/25 e 20/18, pela fase de grupos do vôlei masculino nas Olimpíadas de Tóquio.


Com o segundo lugar do grupo garantido na classificação, o Brasil agora espera o fim da fase de grupos para descobrir seu adversário nas quartas de final. A equipe do técnico Renan pode enfrentar Itália, Irã ou Japão. No vôlei, um sorteio entre os segundos e terceiros será feito meia hora antes do último jogo da fase de grupos para definir os confrontos. A decisão de haver um sorteio foi tomada para evitar escolha de adversário na próxima fase.


Jogando pela sobrevivência, a França começou abaixo, mas mostrou um grande poder de reação e resistência, levando a partida para o set decisivo após atuações ruins nas parciais que o Brasil venceu. Enquanto o trio de ataque francês castigava a defesa do Brasil, Lucão, Wallace e Leal respondiam à altura, aparecendo no ataque e com bons bloqueios.


O jogo começou com certo equilíbrio, mas o Brasil logo foi para a liderança no placar, de onde não saiu em nenhum momento. A França forçava muito o saque e dava pontos de graça para o time brasileiro, o que ajudou a seleção a manter uma pequena vantagem na pontuação. Com Wallace no ataque e Lucão no bloqueio, o Brasil ia bem na virada de bola e controlou a parcial, conseguindo abrir uma distância na reta final.


SET INFINITO
A França voltou mais ligada para o segundo set, errando menos e sendo mais eficiente no ataque. Sem deixar os franceses se desgarrarem no placar, o Brasil equilibrou o jogo, mas teve dificuldades de segurar as boas viradas de bolas francesas. O time europeu, então, se aproveitou de um bom momento, abriu uma distância, mas na hora de confirmar o set permitiu a reação brasileira. Com o placar igual, as seleções se alternaram e desperdiçaram set points, levando a parcial à duração de 51 minutos.


O fim do segundo set foi emocionante. As poucas pessoas que estavam no ginásio levantavam na conclusão dos pontos, jornalistas trocavam olhares, e um narrador eslavo falava coisas incompreensíveis, mas dava para perceber a empolgação na voz. A parcial foi tão equilibrada que os reservas da França invadiram a quadra quando sua seleção fechou por 39/37. A comissão técnica se reuniu por um instante, e depois o treinador Renan Dal Zotto e um assistente conversaram com o levantador Bruninho.


Este foi o segundo set com mais pontos na história dos Jogos Olímpicos, só perdendo para a primeira parcial de Itália x Argentina nas Olimpíadas de Sydney, em 2000.


Na terceira parcial, o Brasil voltou a dominar o ataque e a partida, com um nível superior ao da França, que viu seus jogadores errarem mais e não encaixarem uma boa defesa. Ficou difícil para os europeus segurarem a boa fase ofensiva brasileira, que garantiu uma folga no placar. Assim, a parcial caminhou de forma tranquila.
O grande líder da seleção francesa foi o líbero Grebennikov. Era ele quem chamava o grupo para celebrar os pontos, consolava que errava e conversou com os jogadores quando o time baixou o nível no terceiro set e perdeu por 25/17.


Abrindo o quarto set, o Brasil já começou melhor, com um bloqueio funcionando e parando os atacantes europeus nos pontos iniciais. Mas a França teve cabeça para voltar ao jogo e crescer para disputar ponto a ponto a liderança no placar, até conseguir passar à frente e abrir uma vantagem importante, sem sofrer sustos com a tentativa de reação brasileira. Deste modo, os europeus conseguiram forçar o quinto set.
O time francês mostrou um grande nível defensivo durante toda a partida. O líbero, Jenia Grebennikov, foi um dos destaques da partida. Depois do jogo, Lucão elogiou o adversário, que agora está em situação difícil na competição e pode ficar fora da próxima fase.


"É um jogo mentalmente difícil, porque é um time que defende muito, cobre muito, onde às vezes o contra-ataque acontecer mais fácil em outra equipe, eles conseguem fazer o jogo crescer de novo. Isso ficou nítido no quarto e quinto set", disse o central brasileiro.


TIE-BREAK
No tie-break, o Brasil começou dominando a pontuação, com bloqueios fazendo a diferença. Ao abrir vantagem, a seleção minimizou os erros e virou bolas importantes. Mas a França não se entregou, conseguindo a virada em um ponto crucial do set decisivo. Os pontos finais foram lá e cá, com a França perdendo match points e o Brasil sobrevivendo com Lucarelli inspirado. Na hora da verdade, com o ponto do jogo na mão, o Brasil precisou de duas oportunidades para, enfim, fechar com Leal.


Os atletas brasileiros chegam à próxima fase do torneio de vôlei dos Jogos Olímpicos felizes com o desempenho e a capacidade mental da equipe. Após a partida, Bruninho elogiou o poder da equipe de lidar com a pressão do adversário. Para ele, jogos difíceis assim são importantes para "levar o time a um outro nível".


"Estamos numa crescente, principalmente no contra-ataque, estamos perdendo um pouco da calma e os sets acabam indo embora, a gente não fecha ou não abre uma vantagem maior. Tô otimista e orgulhoso do time que luta o tempo inteiro", disse o levantador brasileiro em entrevista ao SporTV.


Apesar da confiança, o time sabe que ainda existem alguns pontos a serem melhorados e pedem atenção para não deixar com que jogos escapem novamente, o que pode ser fatal em uma fase eliminatória.


"Acho que a gente tem que esquecer um pouco a vitória e ver o que aconteceu de errado no quarto e quinto set, que era para a gente ter fechado com mais facilidade, e a gente acabou deixando escapar", opinou Lucão. "Isso num jogo de quartas, semi, ou final, não pode acontecer. Com certeza se a gente deixar escapar desse jeito a equipe vai crescer muito e a gente vai ter mais dificuldades", concluiu.

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