Em situação difícil no comando do Santos, Fabián Bustos disse na madrugada desta quinta-feira que não costuma desistir diante dos desafios e garante contar com o apoio do elenco santista. A equipe paulista foi eliminada pelo modesto Deportivo Táchira nas oitavas de final da Copa Sul-Americana, na Vila Belmiro, na noite de quarta.

A queda aumentou as críticas da torcida, o que crescer ainda mais nos próximos dias. Afinal, o Santos corre o risco de sofrer nova eliminação, desta vez na Copa do Brasil, na próxima semana. O time da Vila perdeu do Corinthians por 4 a 0 no jogo de ida das oitavas de final e precisará mostrar forte evolução para reverter essa derrota na partida da volta, em casa.

Este desafio não assusta Bustos. "Pedir para sair? Eu, não. Sou uma pessoa de desafios. Não vim para ganhar mais, vim pelo que é o Santos. Em três anos, joguei semifinal de Libertadores e duas finais no Equador. Não estou feliz, temos que ganhar para recuperar a confiança", declarou.

Na sua avaliação, o Santos foi melhor que o adversário venezuelano e merecia a classificação, que acabou não vindo. "Temos que virar a página e tentar crescer para sairmos dessa má fase. O time não deixa de lutar e de correr. Fizemos mais com 10 jogadores e merecíamos passar de fase."

Para buscar a reabilitação, Bustos disse contar com o apoio do elenco. "Se não tivesse (me apoiando), o elenco não teria reagido assim e nem merecido ganhar. Não é justificativa, mas isso já aconteceu outras vezes, de ser eliminado no início", comentou.

Ao ser questionado sobre o suporte dos jogadores, o treinador foi interrompido por Marcos Leonardo, que também participou da entrevista coletiva. E o jogador de 19 anos saiu em defesa do técnico ao garantir o apoio dos atletas. "Posso garantir que o grupo está fechado com ele para dar a volta por cima. A culpa não é só dele. Quem está em campo é a gente", afirmou o jogador.

O técnico não deixou de lamentar a queda precoce do Santos, mas prometeu que a equipe se fortalecerá após a eliminação. "Perder é sempre feio e ser eliminado é pior. Fizemos o suficiente para nos classificarmos, tivemos chances e dói. Demonstramos valentia até o final e perdemos nos pênaltis. Nos sentimos fortes."