O comitê organizador da Olimpíada pediu ajuda financeira ao governo federal para as cerimônias de abertura e encerramento da Olimpíada e Paraolimpíada. A solicitação, feita através do prefeito Eduardo Paes (PMDB), é de R$ 250 milhões.
O desafio agora é descobrir como dar esse apoio a 50 dias dos Jogos. O pedido, feito na reunião de terça (14), foi revelado nesta quarta (15) pelo jornal "O Globo".
A previsão legal que permitia à União cobrir déficit do comitê organizador foi revogada pela presidente afastada Dilma Rousseff no ano passado. Um dos objetivos era tirar a Rio-16 da fiscalização do TCU (Tribunal de Contas da União).
Uma das hipóteses é a celebração de um novo patrocínio com uma empresa estatal. O Correios já é patrocinador nível 1, pagando R$ 300 milhões.
Outra opção seria a aquisição de equipamentos diretamente pela União, como foi feito com itens esportivos. Mas a demora em licitar torna essa alternativa praticamente inviável.
"Vamos discutir nos proximos dias como vamos ajudar, se vamos patrocinar ou não", disse o ministros dos Esportes Leonardo Picciani (PMDB).
O pedido foi feito após a apresentação de detalhes sobre como será a cerimônia. Após a exibição de um filme, Paes pediu a verba.
O comitê afirma que tem como meta manter seu orçamento de R$ 7,4 bilhões apenas com recursos privados, provenientes de patrocínios e venda de ingressos.
Contudo, a entidade vem implementando uma série de cortes de despesas para tentar manter as contas balanceadas. A Rio-16 também conta, além do patrocínio da estatal, cerca de R$ 350 milhões através de renúncia fiscal do Estado do Rio.
Um eventual déficit no resultado financeiro do comitê após os Jogos tem garantia de cobertura do governo do Estado, em grave crise financeira, e a Prefeitura do Rio. Com informações da Folhapress.