Especializada na prevenção dos males relacionados ao consumo de álcool, a ONG europeia Eurocare enviou uma carta à Federação Internacional de Automobilismo (FIA) pedindo o fim do contrato de patrocínio entre Heineken e Formula 1, celebrado na semana passada, durante o GP do Canadá.
Na carta, a secretária-geral da organização, Mariann Skar, critica a F1 pelas campanhas que estimulam o consumo de álcool e diz se preocupar com o fato de a FIA fazer a relação entre álcool e direção.
“O marketing do álcool tem um efeito poderoso na sociedade, especialmente entre os jovens. A Fórmula 1 está perto de se converter em mais um evento para garantir a exposição global de marcas de álcool em um evento esportivo. É preocupante que a Fórmula 1 esteja fortalecendo agora o vínculo de marcas de álcool e automobilismo”, diz a carta.
“A F-1 deveria se perguntar se quer ser um evento de automobilismo ou de marcas de álcool. Ao monitorar o GP de Mônaco, encontramos 11 referências a marcas de álcool por minuto, com uma média de uma referência a cada 5 segundos. O que acontecerá quando a Heineken se tornar o patrocinador máster? Se o esporte e os fabricantes de bebidas querem ser vistos como organismos responsáveis, deveriam parar com esse acordo e acabar com o patrocínio de álcool.”
Válido por cinco temporadas, o contrato renderá à FIA 150 milhões de euros (R$ 585 milhões). A federação tem pareceria também com outras quatro empresas de bebidas alcoólicas - Martini, Chandon, Johnnie Walker e Kingfisher