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Escolhidos pelo COB, jovens atletas miram medalhas em Tóquio

Revelações brasileiras de 15 esportes, 11 homens e nove mulheres, de 15 a 24 anos foram escolhidos pelo COB (Comitê Olímpico do Brasil) para vivenciar no Rio a primeira experiência olímpica, mesmo sem competir

Escolhidos pelo COB, jovens atletas miram medalhas em Tóquio
Notícias ao Minuto Brasil

19:31 - 21/07/16 por Folhapress

Esporte 2020

Eles já estão pensando nas medalhas olímpicas. Não naquelas que começam a ser disputadas em duas semanas, mas nas de Tóquio-2020.

Revelações brasileiras de 15 esportes, 11 homens e nove mulheres, de 15 a 24 anos foram escolhidos pelo COB (Comitê Olímpico do Brasil) para vivenciar no Rio a primeira experiência olímpica, mesmo sem competir.

O programa já ocorreu em Londres-2012, com 16 jovens atletas convidados. Daqueles, oito se classificaram para a Rio-2016 e ao menos quatro deles tem chances de medalha a partir do próximo dia 5 de agosto.

Foram a Londres como convidados do COB e se classificaram para o Rio: Rebeca Andrade (ginástica artística), Laís Nunes (lutas), Hugo Calderano (tênis de mesa), Bernardo Oliveira (tiro com arco) e os favoritos Isaquias Queiroz (canoagem velocidade), Thiago Braz (atletismo), Felipe Wu (tiro) e Martine Grael (vela).Desta vez, foram 20 selecionados no projeto de novos talentos de esportes individuais ou em dupla rumo ao 2020. E o COB acredita que mais da metade deles deve se classificar aos Jogos de Tóquio.

Seis deles foram apresentados na sede do comitê nesta quinta-feira (21). E, à Folha de S.Paulo, todos os seis disseram que estarão brigando por medalhas na próxima Olimpíada.

Foram eles Beatriz Ferreira (boxe), Emily Figueiredo (levantamento de peso), Joílson de Brito Ramos Júnior (luta greco-romana), Maria Paula Heitmann (natação), Marcelo da Silva Costa Filho (tiro com arco) e Gabriel Bastos Pereira (vela).

Além deles, há na lista outros jovens que já apresentaram resultados expressivos internacionalmente, como Angelo Assumpção (ginástica artística), Nathália Brigida (judô), Gabriela Cecchini (esgrima), Felipe Ribeiro de Souza (natação) e Eduarda Lisboa, a Duda (vôlei de praia).

Completam o time Andrea Santos de Oliveira (canoagem velocidade), Anderson Ezequiel (ciclismo BMX), Thaís Santos (ginástica artística), Rafael Macedo (judô), Edival Pontes, o Netinho (taekwondo), Manoel Messias dos Santos Júnior (triatlo) e Ana Patrícia Ramos (vôlei de praia).

Outros dois jovens do atletismo serão anunciados na próxima semana, após a conclusão do Campeonato Mundial sub-20.

No Rio, estes 20 escolhidos irão visitar a Vila dos Atletas, assistir a algumas competições, acompanhar treinamentos no QG do Time Brasil na Urca e serão orientados por ex-atletas olímpicos.Tudo para chegarem na Olimpíada daqui a quatro anos com menor chance de serem afetados pelo peso psicológico de uma estreia.

Um primeiro grupo de 60 atletas foi selecionado por membros do COB, levando em consideração o potencial de resultado deles e da modalidade em 2020. Os nomes, então, foram enviados para cada confederação (máximo de dois por modalidade) aprovar e, assim, foi criado esse grupo.

"Muito legal saber o foco deles nas medalhas em Tóquio. E tem que botar meta mesmo. Agora é buscar. Quanto mais cedo eles tiverem essa consciência, melhor", afirma Sebastian Pereira, ex-judoca olímpico e gerente de preparação esportiva do COB.CONFIANTES"Antigamente, o tiro com arco não tinha chance de nada. No Rio, já temos. Para 2020, podemos chegar entre os melhores do mundo", afirma Marcelinho, 16, nascido em Maricá (RJ), onde a Confederação Brasileira de Tiro com Arco montou seu centro de treinamento. "Vou treinar de bicicleta", diz.

Ele fez toda a preparação olímpica com a equipe que vai disputar os Jogos do Rio, desde janeiro, mas acabou cortado apesar dos bons resultados na etapa da Copa do Mundo da Turquia, mês passado (quarto com a equipe e melhor brasileiro no individual, 17º).

"Quase fui para a Olimpíada. Mas essa experiência também vai ser incrível", disse Marcelinho, que espera conhecer o ídolo Arthur Zanetti quando visitar a Vila dos Atletas.Quem já treina com sua inspiração no esporte é Beatriz Ferreira, do boxe. A baiana de 23 anos é sparring da medalhista de bronze olímpica Adriana Araújo.

"Estou ajudando ela nesta preparação. E já avisei: se não trouxer medalha vai apanhar", brinca Beatriz. "Sou fã dela [Adriana], fico até meio boba de poder treinar junto".

Treinada pelo pai, o ex-pugilista Raimundo Oliveira, a revelação da categoria 60 kg acredita que pode conquistar uma medalha em Tóquio.

"Tenho chance, quero o ouro", afirma a boxeadora que diz ser "diferenciada", segundo as companheiras de treino.

Outra que está confiante é a nadadora Maria Paula Heitmann, 17. A mineira chegou perto de conseguir a vaga na seletiva brasileira nesta ano, ficou fora, mas acredita em evolução até 2020."A natação feminina no Brasil está mais forte e espero pela medalha em Tóquio", diz a atleta treinada, no Minas, pelo australiano Scott Volkers, que trabalha com nadadores da seleção brasileira mas não terá credencial na Rio-2016 a pedido do comitê olímpico de seu país, onde é acusado de abuso sexual por três nadadoras –ele foi inocentado por falta de provas.

MUDANÇAS

Gabriel Bastos Pereira, 22, não é de uma família de velejadores, mas já é considerado uma das boas revelações da classe RS:X (windsurfe) rumo a 2020.Nascido em Vitória (ES), ele começou na vela por diversão, aos 11 anos, e devido ao destaque largou a faculdade de engenharia mecânica há dois anos, mudou-se para Búzios e, com a ajuda de Bimba e Patrícia Freitas, representantes do Brasil nos Jogos do Rio, passou a se dedicar intensamente ao esporte.

"Fui morar na casa do pai do Bimba. A Paty também 'adota' o pessoal de um projeto social lá de Búzios. E cresci muito neste um ano e meio treinando com eles. Acho que dá para ganhar medalha em 2020. Tenho meu foco. Ser o sucessor do Bimba me anima", afirma Gabriel.

Joílson de Brito Ramos Júnior, da luta greco-romana, tem a mesma expectativa para os Jogos do Japão. "Espero que a Aline [Silva] ganhe uma medalha no Rio para quebrar o gelo da luta. Então vou buscar a primeira medalha dos homens em Tóquio", disse o jovem de Itaboraí (RJ), que começou lutando jiu-jitsu e descobriu a luta greco-romana em seu colégio estadual. Hoje ele mora na Tijuca e treina no CT da confederação brasileira.

Quem mudou, mais de uma vez, de esporte para se tornar uma aposta do COB para 2020 foi Emily Figueiredo, 18.

Após seis anos de ginástica artística (treinava no Flamengo mas não teve condições financeiras para continuar) e mais um ano e meio nos saltos ornamentais (descobriu que não era boa o suficiente), ela decidiu competir no levantamento de peso.

"Eu nem sabia que o esporte existia. Foi amor a primeira vista", disse a atleta que está na modalidade há quatro anos e já foi terceira colocada no Mundial sub-17, em 2015, e sétima na Olimpíada da Juventude, em 2014.

A garota que sonha com Olimpíada desde os 5 anos de idade, daqui a quatro poderá realizar seu sonho. Com chance de medalha? "Sim, para mim, sim!", afirma. Com informações da Folhapress.

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