Presidente de clube da Copinha comenta denúncias de suborno a jogadores
Jovem atleta do Estanciano revelou esquema nessa quinta
© Reprodução TV Sergipe
Esporte Escândalo
O presidente do Estanciano, de Sergipe, negou a declaração do jovem atacante Daniel, que revelou detalhes sobre uma oferta de suborno que os jogadores do time dele receberam para “entregar” a partida contra o Itapirense, pela Copa São Paulo de Futebol Júnior.
Sidney Araújo afirmou que tudo não se passou de um mal-entendido:
"Estou tranquilo, fiz as coisas pensando no clube. Recebi notícias que seria feito um esquema no Estanciano e que teria uma pessoa lá dentro que não era confiável. Fiz tipo um teatro, até dei uma de detetive, mas infelizmente as coisas não deram como a gente queria, mas eu tenho certeza que nestes três jogos não teve nenhuma situação irregular", afirmou. Ele ainda complementa dizendo que "aquilo ali foi um teatro pra colher o maduro, pra chegar a um objetivo maior".
"Porque eu tenho certeza absoluta que este rapaz fez coisas erradas, não digo no Estanciano, mas em outros clubes, mas não tenho provas pra chegar e afirmar. Hoje em dia você tem que ter provas concretas. Ele faz parte do grupo do Estanciano, mas quem trouxe ele foi a empresa Valdevan 90, que chegou pra fazer um estágio no clube. Não conheço este rapaz, não gostava dele, mas é um problema deles lá. Mas se tiver certeza vou apurar fatos, aí sim, vou entregar a polícia em São Paulo", relata.
Relembre as declarações de Daniel:
“A gente estava no hotel e soube que dois empresários queriam falar com a gente. Descemos, entramos no carro e começamos a conversar. Eles disseram que tinha proposta do time da China, que levaria a gente para lá. Mas em um momento começou a falar de pagamento para entregar o jogo. Nesse momento, comecei a gravar. É um momento difícil, dá um aperto na gente, que fica com medo, e fica ruim para o clube também”, disse o atleta, em entrevista à EPTV, afiliada da Rede Globo.
"Eles comentaram que dariam o dinheiro na nossa mão antes ou depois do jogo. Eram R$ 2 mil para perder. Se fizesse pênalti, davam mais R$ 500. Em nenhum momento chegamos a pensar em aceitar. Ficamos com medo. Pegamos a gravação e passamos para os nossos responsáveis", acrescenta Daniel.
A Federação Paulista de Futebol investigará o caso por meio de seu Comitê de Integridade.