Professor da USP mostra conversa com 'infiltrado' do exército em atos
A prisão aconteceu horas antes do protesto contra o presidente Michel Temer, em São Paulo
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Justiça São Paulo
Professor da Universidade de São Paulo (USP), Pablo Ortellado compartilhou nesta terça-feira (13) em sua página pessoal no Facebook, a conversa com o capitão do Exército Willian Pina Botelho, que teria se infiltrado em um grupo de manifestantes presos no dia 4 de setembro. A prisão aconteceu horas antes do protesto contra o presidente Michel Temer, em São Paulo.
De acordo com as informações do portal G1, o Ministério Público vai investigar a presença do capitão entre os manifestantes. O Exército apura o caso. Na conversa, Botelho se apresenta como Balta Nunes, nome que usava nas redes sociais.
Na madrugada do dia 6, ele procurou Ortellado dizendo ter lido um post compartilhado pelo professor e negando ser um policial infiltrado. “Li seu post, achei legal. Mas não reflete a verdade, apesar de você ter me citado como um possível infiltrado”, escreveu.
O professor disse que recebeu a mensagem após ter divulgado em sua página um link de uma reportagem do jornal "El País", que noticiava a soltura dos presos. Ele disse que decidiu compartilhar a conversa porque o perfil de Balta foi apagado e a verdadeira identidade dele, confirmada pelo Exército.
“Ele deletou e eu resolvi publicar agora. Não ia publicar de uma pessoa que havia uma suspeita, mas agora que saiu as matérias, e na verdade não é uma pessoa, é um personagem.”
Em nota, o Exército confirma que o capitão William é um oficial que atua no Comando Militar do Sudeste e confirmou que as circunstâncias da participação dele no ato ainda estão sendo apuradas.