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Guarda de parque nacional do Piauí morre em conflito com caçadores

Dois funcionários ficaram feridos e o outro morreu

Guarda de parque nacional do Piauí morre em conflito com caçadores
Notícias ao Minuto Brasil

18:38 - 19/08/17 por Folhapress

Justiça área de conservação

Um guarda do Parque Nacional da Serra da Capivara, no interior do Piauí, morreu nesta sexta (18) em um conflito com caçadores que estavam dentro da área de conservação.

Segundo a Polícia Militar de São Raimundo Nonato (a cerca de 530 km de Teresina), um dos municípios que compõem o parque, pelo menos quatro pessoas estavam caçando animais dentro dos limites da Serra da Capivara. Ao serem identificadas por três guardas, entraram em conflito e se envolveram em um tiroteio. Dois funcionários ficaram feridos e o outro morreu.

Outros dois suspeitos tiveram ferimentos, foram localizados neste sábado (28) e encaminhados para um hospital de Floriano (a aproximadamente 250 km da capital). O restante do grupo conseguiu fugir. A polícia faz buscas na região.

O confronto aconteceu no município de João Costa. O Parque Nacional da Serra da Capivara foi criado em 1979 e, desde 1991, é considerado Patrimônio Cultural pela Unesco. Parte de um corredor ecológico de mais de 414 mil hectares, o parque é um dos principais centros científicos de arte rupestre do mundo, com escavações que revelaram vestígios de mais de 50 mil anos e mais de 900 sítios arqueológicos catalogados.

A região abriga animais ameaçados como o gato-do-mato, o gato-maracajá, a onça-parda e a onça-pintada.

A Folha de S.Paulo não conseguiu contato com o ICMBio (Instituto Chico Mendes), que gere o parque, para identificar o guarda que morreu. O hospital não divulgou o boletim médico dos outros funcionários.

ABANDONO

No ano passado, o local passou por uma crise de falta de recursos que fez com que deixasse de funcionar plenamente.

O ICMBio dispensou funcionários, e os sítios arqueológicos tinham passarelas quebradas, placas de sinalização caídas e pinturas danificadas pela presença de cupins, ninhos de vespas e urina e fezes de mocós (roedor da região). Muitas delas tinham marcas de tiros feitas por caçadores.

Os funcionários que fazem a manutenção do parque e cobram as entradas dos visitantes voltaram a trabalhar em setembro, depois de terem sido dispensados por duas semanas. Com informações da Folhapress.

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