Morte de advogado que fazia inventário milionário custou R$ 40 mil
Danillo representava um farmacêutico na disputa pela herança de R$ 7 milhões e não quis ajudá-lo a esconder parte do dinheiro dos outros herdeiros
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Justiça Tocantins
O Ministério Público denunciou nesta sexta-feira (10) os envolvidos na morte do advogado Danillo Sandes Pereira, em Tocantins. Segundo o relatório, a morte dele teria custado R$ 40 mil e teria sido encomendada pelo farmacêutico Robson Barbosa da Costa no final de julho.
O motivo, como apurou o portal G1, teria sido porque Danilo se recusou em participar de uma fraude. Danillo representava Robson na disputa por uma herança de R$ 7 milhões e não quis ajudar o farmacêutico a esconder parte do dinheiro dos outros herdeiros.
As investigações apontaram o farmacêutico como envolvido após quebra de sigilo telefônico. Depois disso, ele fez acordo de delação com o Ministério Público e contou os detalhes do crime.
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A polícia verificou que o farmacêutico se desentendeu com o advogado no momento de acertar o pagamento. Para receber o dinheiro, Danillo Sandes inclusive entrou com ação judicial contra o acusado e conseguiu uma decisão que obrigou Costa a vender um caminhão.
Depois disso, Robson Barbosa da Costa passou a planejar a morte do advogado com a ajuda de um conhecido de Marabá (PA). Fora o mandante do crime, os policiais militares Rony Marcelo Alves Paiva e João Oliveira dos Santos Júnior, e o ex-PM Wanderson Silva de Souza teriam executado a vítima.
Conforme a denúncia, um dos pistoleiros chegou a visitar a vítima com o pretexto de que queria contratar os serviços do advogado para um inventário de R$ 800 mil. O suspeito teria dito que também possuía gado e imóveis em Filadélfia, norte do Tocantins.