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AM oferece recompensa e cria força-tarefa para deter onda de violência

Nos últimos dias, três pessoas foram decapitadas

AM oferece recompensa e cria força-tarefa para deter onda de violência
Notícias ao Minuto Brasil

20:43 - 24/07/18 por Folhapress

Justiça Assassinato

Em resposta a uma onda de assassinatos nos últimos dias que inclui três decapitados, o governo do Amazonas criou uma força-tarefa e está oferecendo recompensa em dinheiro por informações que levem à captura de suspeitos.

"Temos de mostrar o braço forte do Estado nessa questão dos homicídios", disse, nesta terça-feira (24), o secretário de Segurança Pública, o coronel da PM Anézio Paiva, em entrevista à imprensa numa sala repleta de policiais civis encapuzados.

Parte deles eram os 34 delegados deslocados para compor a força-tarefa. "A questão é única, briga por território de traficantes. Vamos agora, com essa força-tarefa, inibir, coibir e prender esse pessoal."

Um dos corpos decapitados no fim de semana foi encontrado dentro de um saco por um catador de lixo. Ele estava com pés amarrados e tinha 13 perfurações no abdômen.

Nesta terça-feira (24), um homem foi morto com cerca de dez tiros após ter a casa invadida. O nome não foi divulgado.

A lista dos procurados em troca de recompensa inclui Kaio Wuellington dos Santos, 25, o "Mano Kaio". Ele está foragido desde que fugiu de uma penitenciária, em abril, e responde a 13 processos, incluindo por homicídio.

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A Secretaria, no entanto, não divulgou o valor da recompensa para delatar Mano Kaio e outros cinco suspeitos, todos considerados de alta periculosidade.

A principal hipótese da polícia é um briga entre facções rivais dentro da Família do Norte (FDN), responsável pelo massacre do Ano Novo de 2017 em dois presídios de Manaus que terminou com 63 mortos, em ação dirigida contra os rivais da facção paulista PCC (Primeiro Comando da Capital).

Em 13 de dezembro, seis homens foram mortos durante uma partida de futebol no bairro da Compensa, berço da FDN, em massacre atribuído pela polícia a disputas internas.

"As execuções acontecem porque as pessoas que compunham a FDN e saíram sabem quem são os caras, vão lá e matam", disse à Folha o delegado-geral da Polícia Civil, Mariolino Brito, coordenador da força-tarefa.

No primeiro semestre deste ano, Manaus registrou 436 mortes violentas, 12% a menos do que o mesmo período do ano anterior. Segundo a Polícia Civil, 58% desses assassinatos têm relação com o tráfico de drogas.

A capital do Amazonas faz parte do corredor de drogas do rio Solimões, que entra no Brasil na tríplice fronteira com a Colômbia e o Peru, os dois maiores produtores mundiais de cocaína. Com informações da Folhapress.

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