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Justiça nega liminar para soltar acusados de chacina em Florianópolis

Quatro das cinco vítimas eram da mesma família

Justiça nega liminar para soltar acusados de chacina em Florianópolis
Notícias ao Minuto Brasil

22:15 - 03/10/18 por Estadao Conteudo

Justiça Habeas Corpus

O desembargador Carlos Alberto Civinski, do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), negou liminar em pedido de habeas corpus apresentado pela defesa de um dos acusados de cometer a chacina que deixou cinco pessoas mortas em Florianópolis, em julho passado. Quatro das vítimas eram da mesma família.

Em decisão publicada nessa terça-feira, 2, o desembargador afirmou que não há, no pedido apresentado pela defesa, "uma situação de perigo de grave lesão ou difícil reparação" para justificar uma liminar pelo habeas corpus. "Motivo pelo qual a apreciação deverá ser efetuada pelo Órgão Colegiado, a quem compete prestação jurisdicional buscada por meio desta ação", determinou.

A medida envia para o colegiado do TJSC a análise sobre o pedido de soltura. Apesar de ter sido apresentado em nome de apenas um dos acusados, os outros dois suspeitos assinam o habeas corpus como partes interessadas, sendo afetados pela decisão do tribunal.

A reportagem tentou contato com o advogado responsável pelo pedido, mas não obteve resposta.

A chacina ocorreu em julho numa pousada do bairro Canasvieiras, distrito ao norte de Florianópolis. No local foram encontrados os corpos do empresário Paulo Gaspar Lemos, 78 anos, e seus três filhos, Paulo Junior, 51, Katya Gaspar Lemos, 50 e Leandro Gaspar Lemos, 44. O sócio da família, Ricardo Lora, 39, também foi morto no crime.

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Segundo a Polícia Cívil, a chacina se estendeu por quase seis horas, período no qual as vítimas foram torturadas. Os corpos foram encontrados com as mãos amarradas para trás e em cômodos diferentes do prédio. A tese dos investigadores é que o crime foi motivado por dívidas.

Os suspeitos foram presos em agosto. Às vésperas do feriado de 7 de setembro, o Ministério Público de Santa Catarina apresentou denúncia contra o trio e pediu a conversão das prisões temporárias em preventivas. A Justiça aceitou o pedido.

De acordo com Marcos Aurélio de Melo, advogado da defesa de um dos acusados, a denúncia contra o seu cliente não descreveu efetivamente os fatos ocorridos no dia do crime. "Houve imputação de delitos para todos (os acusados) sem discriminação da atuação de cada um (no crime). O meu cliente não teve participação nas mortes. Ele saiu do local antes do cometimento dos assassinatos", disse.

A reportagem tentou contato com os dois advogados que defendem os outros dois suspeitos, mas não obteve retorno. Com informações do Estadão Conteúdo.

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