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Médica é condenada por causar sequelas em bebê durante parto domiciliar

A pena foi de 6 anos e 5 meses de prisão em regime semiaberto.

Médica é condenada por causar sequelas em bebê durante parto domiciliar
Notícias ao Minuto Brasil

15:00 - 31/01/19 por Notícias Ao Minuto

Justiça Brasília

A médica Caren Vanessa Cupertino foi condenada pela Justiça de Brasília por lesão corporal grave e falsidade ideológica durante um parto domiciliar que realizou em 2014. O bebê ficou com sequelas neurológicas graves.

A pena foi de 6 anos e 5 meses de prisão em regime semiaberto. A obstetra ainda terá que pagar R$ 150 mil de indenização por danos morais. A pena por falsidade ideológica é porque, segundo a acusação, ela usou informações falsas no prontuário da criança. A decisão ainda cabe recurso.

A defesa da médica afirmou que "recebeu com absoluta surpresa a notícia da condenação de Caren Vanessa Cupertino". O advogado de defesa Pedro Ivo Veloso informou ao G1 que a obstetra cumpriu todas as etapas do protocolo corretamente e que vai recorrer da decisão.

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Segundo o relato da mãe, ao entrar em trabalho de parto, ela ficou esperando em sua casa por um dia pela médica e pela doula, que ao ser procurada, disse que aquilo era "um falso trabalho de parto". A orientação era de que ela tomasse um remédio e tentasse dormir. Só no dia seguinte, quando a criança já estava nascendo, é que a médica chegou ao local.

“O bebê estava com os membros superiores e inferiores para fora e com a cabeça presa no canal vaginal. O cordão umbilical indicava falta de oxigenação. A criança nasceu em condições críticas, desacordada e hipotônica”, informou o Ministério Público.

“Na unidade, a obstetra não relatou as reais condições do nascimento e mentiu sobre o horário do parto. Tal ação dificultou o diagnóstico preciso da criança e inviabilizou o tratamento adequado. Para o MP, essa atitude demonstrou a intenção de minorar a sua responsabilidade.”

A médica também é ré em outros processos. Em um deles ela é acusada de provocar a morte de um bebê, também em 2014. De acordo com a ação, a médica foi "omissa" e, por isso, "contribuiu de forma decisiva" para o óbito da criança durante o parto em uma maternidade da rede privada do DF.

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