Crianças são amarradas e levadas por PMs em viatura no Maranhão
A prisão dos menores ocorreu após denúncia de que estariam praticando furto
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Justiça menores de idade
Duas crianças foram amarradas e conduzidas por policiais militares em uma viatura, na manhã dessa sexta-feira, 8, em Caxias, a 360 km de São Luís, no Maranhão. A prisão dos menores ocorreu após denúncia de que estariam praticando furto.
A forma como os menores foram conduzidos até a delegacia local, com as mãos amarradas com cordas, repercutiu nas redes sociais. O tenente-coronel Márcio Rogério Sales da Silva, comandante do 2.º Batalhão de Polícia Militar de Caxias, confirmou o fato, mas alegou que foi motivado pela agressividade da população com as crianças.
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"A guarnição da Polícia Militar foi acionada pela Central de Operações da PM, para atender uma ocorrência de arrombamento a domicilio. Ao chegar no local, constatou-se a veracidade dos fatos, identificando que os autores se tratavam de duas crianças, praticando ato infracional análogo a crime, as quais encontravam-se com os pulsos amarrados com cordas. Visando a dar agilidade ao atendimento da ocorrência, por populares hostilizarem os menores, a Policia Militar encaminhou todos os envolvidos, nas condições em que os mesmos se encontravam, para a Delegacia de Polícia Civil, a fim de que fossem tomadas as providencias cabíveis", disse por meio de nota o comando em Caxias.
O comandante-geral da Polícia Militar do Maranhão, coronel Luongo, também foi procurado e afirmou que será "instaurado um inquérito policial para investigar a conduta dos militares". "Nem eu, nem o governador Flávio Dino, nem o secretário Jefferson Portela concordamos com tal postura."
Oficialmente, o governo do Maranhão falou em "grave violação a direitos" e exigiu investigação.
Quem vai pedir também apuração do caso de Caxias será o secretário de Direitos Humanos e Políticas Públicas, Chico Gonçalves (PT). Informações vão ser solicitadas ao comandante da PM, ao secretário de Segurança Pública e ao Conselho Tutelar do município. O caso também já chegou ao conhecimento do Ministério Público, que informou que vai apurar o que aconteceu.