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'Ele não tinha amor', diz vizinha do menino Bernardo em julgamento

Juçara Petry também contou que garoto andava malvestido, passava frio, fome, não tinha material escolar, uniforme e não recebia atenção em datas festivas

'Ele não tinha amor', diz vizinha do menino Bernardo em julgamento
Notícias ao Minuto Brasil

13:30 - 12/03/19 por Notícias Ao Minuto

Justiça Testemunhos

O segundo dia do julgamento do caso Bernardo Boldrini, na cidade de Três Passos (RS), teve como primeira testemunha a falar Juçara Petry, vizinha do menino e a quem ele queria ter como mãe.

Bernardo foi assassinato aos 11 anos, com uma injeção letal, em abril de 2014. O pai dele, Leandro Boldrini, a madrasta, Graciele Ugulini, e os irmãos Edelvânia e Evandro Wirganovicz respondem pelos crimes de homicídio qualificado, ocultação de cadáver e falsificação ideológica.

A gente tinha amor por ele, era pessoa da família, a gente queria cuidar como um filho", desabafou Juçara, afirmando que o menino andava malvestido, passava frio, fome, não tinha material escolar, não tinha uniforme, não ganhava janta e não recebia atenção em datas festivas.

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Segundo ela, Bernardo costumava dizer que odiava a casa dele. "Eu achava que o pai não dava atenção porque estava trabalhando muito. Na minha cabeça, o pai não cuidava porque estava no hospital. Mas não era, ele não tinha amor", completou.

Sobre o vídeo gravado por Boldrini em que Bernardo aparece agressivo, a empresária atestou: "Era um guri dócil e obediente, diferente de como aparecia naquele vídeo. Deve ter sofrido muita pressão. Eu ia lavar louça e ele já pegava pano para ajudar".

Ela também contou sobre um episódio envolvendo a madrasta do menino. Juçara disse que, em determinada ocasião, Bernardo chegou em sua casa com a boca sangrando por causa do aparelho dentário.

Juçara fez várias ligações para Graciele para saber quem poderia atendê-lo. E ouviu de Graciele: "Esse guri é um estorvo. Só incomoda. Que vá à merda e fure a boca".

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