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Já teve um orgasmo cerebral? Saiba mais sobre esta sensação de prazer

Já ouviu falar de Resposta Sensorial Meridiana Autónoma (ASMR, sigla em inglês para 'autonomous sensory meridian response')?

Já teve um orgasmo cerebral? Saiba mais sobre esta sensação de prazer
Notícias ao Minuto Brasil

08:30 - 17/12/19 por Notícias Ao Minuto

Lifestyle ASMR

Imagine este cenário: teve um dia cansativo, chega em casa e se deita no sofá. Começa a relaxar e coloca fones nos ouvidos. Nesse momento ouve o som de alguém falando suavemente. Um sussurro, intimamente exalando respiração, provocando um arrepio que percorre todo o seu corpo. É isso, acabou de ter um orgasmo cerebral!

Orgasmo cerebral: qual é a sensação?

Pessoas afetadas pelo ASMR costumam ter sensações distintas, o que torna a descrição algo complicada. Em alguns casos, estímulos diversos podem causar reações de prazer físico intenso. Enquanto para outros a resposta de seu organismo resume-se a um estado quase hipnótico de relaxamento e felicidade.

No entanto, uma das reações mais comuns é uma sensação de arrepio no interior e no topo da cabeça, que pode se estender para baixo pelo pescoço e até mesmo chegar aos braços e pernas. Os mais fanáticos da prática  afirmam que há uma distinção óbvia entre o ASMR e um simples arrepio.

Embora sussurros com uma voz 'sedosa' sejam um dos principais gatilhos, qualquer coisa entre o som que uma caneta faz quando alguém desenha num papel e um discurso monótono e ritmado pode provocar um episódio, variando de pessoa para pessoa. 

O que pode provocar um episódio de ASMR

O ASMR não se resume a estímulos sonoros. Para algumas pessoas, a sensação de que alguém está se concentrando apenas em você – como quando um oftalmologista examina os seus olhos ou uma cabeleireira lhe corta o cabelo – também funciona. Ter alguém traçando gentilmente linhas nas suas costas ou a acariciar-lhe o cabelo é outra possível causa para a sensação familiar.

Mesmo com tantas possibilidades, existem também aqueles que simplesmente não sentem nada. Para saber se esse é o seu caso ou não, a única forma é testar por conta própria.

Ainda que não exista um padrão que funcione para absolutamente todas as pessoas, há alguns temas que aparecem com certa recorrência nos relatos de quem já teve um episódio de ASMR:

- Vozes suaves e calmantes;

- Sussurros bem próximos a um microfone ou aos ouvidos;

- Tons de voz equilibrados, controlados;

- Ruídos feitos com a boca, como estalar os lábios;

- Atenção pessoal exclusiva, como receber cortes de cabelo, maquiagem ou exames médicos;

- Ver a realização de trabalhos manuais feitos com precisão;

- Sons de batidas leves e repetitivas em materiais diversos;

- Ruídos suaves de materiais raspando ou cliques sucessivos;

- Manuseio cuidadoso de objetos preciosos;

- 'Barulhos brancos', como zumbidos baixos ou som de chuva.

O que a ciência diz

Ainda existem poucos estudos científicos sobre o fenômeno. Segundo o professor Tom Stafford, especialista em psicologia e ciências cognitivas da Universidade de Sheffield, no Reino Unido, o fenômeno pode até ser algo real, mas é inerentemente difícil de estudar.

“A experiência interior é alvo de muitas investigações psicológicas, mas, quando temos um assunto deste tipo que não se pode ver ou tocar, e que nem acontece com todas as pessoas, caímos num 'ponto cego'. É como a sinestesia, que permaneceu como um mito por anos até que, na década de 1990, foi inventada uma forma de quantificá-la com confiança”, disse.

O termo ASMR foi criado pela nova iorquina Jenn Allen, que trabalha na área dos cuidados de saúde. Ela fundou o Instituto de Pesquisa ASMR, uma organização não oficial que depende de voluntários.

O psicólogo e investigador do Instituto D’Or Ronald Fischer afirma que há alguns estudos, porém poucas certezas. “O que sabemos é que, talvez, haja uma diferença nas conexões cerebrais que faça com que algumas pessoas tenham realmente uma maior sensação de relaxamento e bem-estar”, diz. 

Por que o orgasmo cerebral acontece

Algumas pessoas acreditam que o ASMR é uma resposta residual oriunda da nossa primeira infância. Um eco da atenção cuidadosa dos nossos pais e do efeito relaxado da voz de uma mãe para o seu bebê. Já outros pensam que isso está mais relacionado a uma questão evolutiva que data das nossas raízes como primatas, algo como uma recompensa sensorial por nos submetermos aos cuidados de outros membros da nossa comunidade. 

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