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VSR: Infecção pouco conhecida que está afetando crianças em todo o mundo

O vírus sincicial respiratório (VSR), trata-se de uma infecção comum no inverno que provoca danos nos pulmões

VSR: Infecção pouco conhecida que está afetando crianças em todo o mundo
Notícias ao Minuto Brasil

09:45 - 20/09/21 por Notícias ao Minuto Brasil

Lifestyle vírus sincicial respiratório

No começo de 2021, reporta um artigo publicado pela BBC News, médicos do Hospital Infantil de Maimonides, em Nova York, nos Estados Unidos, olhavam com alívio para a diminuição de casos de Covid-19.

Ainda mais devido às medidas de prevenção adotadas contra o coronavírus, nomeadamente o distanciamento social, uso de máscaras e lavagem regular das mãos, registrava-se igualmente uma redução na incidência de outras infecções virais, como por exemplo a gripe comum.

Contudo, em março, os profissionais de saúde começaram a se deparar com um número crescente de crianças e bebês que davam entrada no hospital com dificuldades do foro respiratório. Ora, os menores, haviam sido infectados com o VSR, uma infecção comum no inverno e que provoca danos nos pulmões.

Nos meses que se seguiram, casos de VSR fora da época considerada comum persistiram, sobretudo no verão um pouco por todo o mundo, desde no Reino Unido, sul dos EUA, Suíça ou Japão.

Os especialistas creem que o comportamento bizarro do vírus é uma consequência indireta da pandemia de Covid-19. Tendo em conta que em 2020, o isolamento social impediu a sua circulação, no entanto, consequentemente, milhares de crianças não criaram qualquer tipo de imunidade contra o patógeno. 

De repente um vírus que era sazonal, tornou-se imprevisível. No momento em que as medidas de isolamento deixaram de estar em vigor ou de ser tão severas, o VSR 'atacou' uma vasta população de crianças suscetíveis, provocando surtos em qualquer estação. 

"Os nossos cuidados intensivos voltaram a ficar sobrecarregados, desta vez não com Covid, mas com outro vírus", disse à BBC Rabia Agha, diretora do setor de doenças infecciosas pediátricas do Hospital Maimonides.

No pico do surto em Nova York, no começo de abril, a maioria das crianças internadas nos cuidados intensivos estavam infectadas com o VSR.

Já em outras partes do mundo, o vírus avançou sobre populações de crianças que, até então, estavam havia meses protegidas de doenças infecciosas.

"Foi uma surpresa. Sabíamos que havia algo a ter em atenção, mas não sabíamos que seriam tantas (crianças doentes)", comentou Christoph Berger, chefe do departamento de doenças infecciosas e epidemiologia do Hospital Universitário Infantil de Zurique, na Suíça.

Conforme explica a BBC, a infecção pelo VSR, por si só, não é causa para preocupação. Segundo o Centro de Controle de Doenças dos EUA (CDC), a maioria das crianças é independentemente das circunstâncias infectada pelo agente viral antes dos dois anos. E regra geral, o quadro é semelhante ao de uma simples constipação, com coriza e tosse, e a recuperação ocorre naturalmente. 

Todavia, em alguns bebês e crianças pequenas, o vírus pode causar bronquiolite, uma inflamação nos brônquios pulmonares, levando a dificuldades para comer e respirar.

Estima-se que entre 1% a 2% de bebês com menos de seis meses necessitem de internamento hospitalar e de serem tratados com suplementação de oxigênio por máscaras ou tubos nasais. Em casos mais graves, é necessário ainda necessária a colocação de uma sonda alimentar. Sendo que com essas intervenções, a maioria das crianças melhora em poucos dias.

Agora, os médicos questionam-se acerca de qual será o padrão do vírus para os próximos meses, uma vez que surtos no verão não necessariamente impedem ressurgimentos da doença nos meses mais frios.

"O VSR e a bronquiolite causada por este são, com certeza, o motivo da preparação dos hospitais infantis", mencionou à BBC News Sophia Varadkar, vice-diretora médica e neurologista pediátrica no Hospital Infantil Great Ormond Street, em Londres, no Reino Unido. Ali, os casos têm começado a subir, e a profissional prevê a chegada de mais pacientes nas próximas semanas.

Entretanto para os pais, o vírus sincicial respiratório pode tornar-se ainda mais preocupante do que o novo coronavírus, considera Varadkar. 

"A Covid em crianças, de modo geral, não foi um problema significativo. Não adoeceu tantas. O VSR é potencialmente um mal maior, afetando mais crianças, e sabemos que pode adoecer os bebês pequenos", disse. 

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