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Mulheres têm mais doenças oculares crônicas, diz estudo

As diferenças no funcionamento do organismo delas requer mudanças nas intervenções. Entenda!

Mulheres têm mais doenças oculares crônicas, diz estudo
Notícias ao Minuto Brasil

21:00 - 28/02/23 por Rafael Damas

Lifestyle Saúde

A mulher brasileira vive mais que o homem, mas tem pouco a celebrar no seu dia internacional, comemorado na próxima quarta-feira (8). A questão é com que qualidade de vida está vivendo mais. Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram que em 2022 o País atingiu 214,75 milhões habitantes. Em todas as faixas etárias, a população feminina é 3% maior com um total de 3,17 milhões de habitantes a mais. Esta diferença cresce quanto maior a idade e atinge o pico na parcela com 60 anos ou mais, quando a população feminina é 25% maior que a masculina.

Segundo o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, presidente do Instituto Penido Burnier, as peculiaridades do organismo feminino vêm sendo estudadas pela Oftalmologia para entender porque a mulher tem 50% mais doenças nos olhos.

Em estudo publicado na BMC, pesquisadores da Society for Women’s Health Research (SWHR) afirmam que o aumento da expectativa de vida deve dobrar até 2050 o número de mulheres com doenças oculares crônicas. Entre elas a catarata, degeneração macular, glaucoma e a oftalmopatia de Graves. “Esta última, também conhecida como doença ocular da tireoide, é uma condição inflamatória autoimune do olho e tecidos circundantes que pode causar o deslocamento do globo ocular para frente” pontua. Queiroz Neto afirma que outros sintomas desta doença são: olho seco, lacrimejamento, úlcera na córnea, visão dupla e redução da acuidade visual. “O tratamento é feito com anti-inflamatórios e em alguns casos requer descompressão cirúrgica do globo ocular”, salienta..

Catarata

O especialista afirma que na mulher a flutuação mensal dos estrogênios a partir da menarca, provoca um efeito sanfona na lente interna do olho, o cristalino, provocada  pela maior absorção de água quando a taxa hormonal está em alta. Somada a este fator, a emancipação da mulher aumentou a exposição ao stress com a dupla jornada de trabalho e aumento de radicais livres que respondem pela degradação celular de todo nosso organismo. Resultado: Da catarata ninguém escapa, mas na mulher surge com mais frequência. A boa notícia é que a cirurgia, único tratamento em que o cristalino opaco é substituído por uma lente intraocular está cada vez mais segura,

Degeneração Macular

O oftalmologista explica que a degeneração macular pode ser desencadeada pelo diabetes que dificulta a circulação nos vasos da retina e no Brasil é maior entre mulheres. Outra alteração sistêmica que pode contribuir com a degeneração macular é aumento do colesterol e formação de depósitos nos vasos da retina. Pior, os estudos mostram que na mulher estes depósitos tendem a se formar em artérias mais finas, não são percebidos em exames cardiológicos de rotina.  Por isso a mulher precisa de um acompanhamento diferenciado com medição da proteína c-reativa presente na inflamação das artérias para proteger a visão e a saúde cardiovascular.

Glaucoma

Queiroz Neto ressalta que na mulher a câmara anterior dos olhos pode ter menor profundidade e predispor ao aumento da pressão ao aumento da pressão intraocular”, afirma. A câmara anterior, espaço entre a córnea e a íris,  e a câmara posterior, espaço entre a íris e o cristanino são preenchidas por um liquido, o humor aquosos, que circula constantemente dentro do olho. “Quando o escoamento não acontece a pressão interna do olho sobe, provoca a morte de células do nervo óptico e redução irrecuperável do campo visual, como se a pessoa estivesse olhando o mundo pelo olho mágico de uma porta”, explica. Queiroz Neto destaca que é comum mulheres jovens apresentarem alteração no campo visual devido às mudanças hormonais, mas não serem portadores do glaucoma.   “No Brasil metade dos que tem glaucoma não sabem e por issoa maioria das pessoas chegam à consulta quando a visão está irremediavelmente comprometida”, alerta.  A recomendação do especialista para mulheres com mais de 40 anos, afrodescendentes, quem já sofreu ferimentos oculares graves, faz tratamento contínuo com corticoides, tem familiares glaucomatosos, portadores de diabetes ou hipertensão é fazer uma consulta oftalmológica anual.

Olho seco

O uso abusivo do celular e computador por mais de duas horas ininterruptas, associado às diferenças fisiológicas da mulher faz com que elas sofram mais com síndrome do olho seco na proporção de dois homens para cada três mulheres, especialmente entre aquelas em período de pós-menopausa. Isso acontece porque a queda na produção dos estrógenos intensifica a diminuição da produção da lágrima provocada pelo menor número de piscadas diante das telas que provoca ardência e vermelhidão nos olhos.  Em fase inicial, observa, o tratamento do olho sevo é simples. Pode ser feito com lágrima artificial, e dieta rica em ômega 3 encontrado na sardinha, semente de linha ou salmão, além de frutas e hortaliças ricas em vitamina A que ajudam na absorção da vitamina D”, afirma. Quando o colírio não resolve, comenta, é sinal de uma deficiência da camada gordurosa da lágrima que impede sua evaporação. Para eliminar o desconforto o tratamento pode ser feito com aplicação de luz pulsada que desbloqueia a glândula lacrimal na  da pálpebra e r estimula a produção da lágrima”, afirma Para manter a saúde ocular em dia o ideal é fazer uma consulta a cada ano ou 18 meses. “Toda doença ocular diagnosticada no início tem melhor recuperação e a maioria não é percebida logo que surgem, salienta.

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