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Ortorexia nervosa: quando a preocupação em ser saudável não é saudável

Preocupação excessiva com "você é o que come" pode levar a distúrbios nervosos

Ortorexia nervosa: quando a preocupação 
em ser saudável não é saudável
Notícias ao Minuto Brasil

00:10 - 26/07/16 por Notícias Ao Minuto

Lifestyle Distúrbio

Uma crescente onda de alimentação saudável, excessivamente saudável, vem invadindo as redes sociais e, consequentemente, a vida das pessoas ao redor do mundo. A preocupação em não desenvolver doenças por conta da ingestão de alimentos industrializados ou que não sejam considerados saudáveis tem levado pessoas a desenvolverem um distúrbio chamado pelos especialistas de ortorexia nervosa: ou seja, o pânico de ser considerado "não saudável".

Segundo reportagem do UOL, a procura pela alimentação saudável se torna um problema quando a preocupação vira obsessão – inclusive com características de TOC (transtorno obsessivo compulsivo). Ela não é semelhante à anorexia ou bulimia pois os 'ortoréxicos' continuam a comer - a preocupação não é com o peso em si, mas com a qualidade do alimento. A ideia fixa de quem desenvolve o distúrbio é a máxima "que seu remédio seja seu alimento e que seu alimento seja seu remédio" até o ponto em que se torna doentio.

As pessoas que desenvolvem este distúrbio passam a restringir completamente o cardápio, até que poucos alimentos possam ser ingeridos. Isto porque, apesar de alguns alimentos serem saudáveis, podem atrapalhar a digestão, reforçar alergias, levarem a alguma intolerância, entre outros problemas. A vida e o pensamento do ortoréxico gira em torno da alimentação, para atingir um grau de pureza nunca alcançado. A forma como ele come é mais importante do que trabalho e vida pessoal, revela o UOL. Dentre as características comuns entre as pacientes estão: sexo feminino, entre fim da adolescência e 25 anos, muito preocupadas com o corpo, moradoras de ambiente urbano e de classe econômica elevada.

Quem desenvolve a ortorexia sente impacto também na identidade, pois acaba por se sentir superior aos demais por conseguir seguir sua dieta à risca - em compensação, ingerir qualquer alimento fora do permitido leva à uma punição: cardápio ainda mais restrito e longos períodos de jejum para desintoxicar.

A blogueira Jordan Younger, de 25 anos, conta sobre sua experiência com a ortorexia. Ela afirma que era capaz de andar longas distâncias, só para comprar o suco verde que podia beber e não comia nada que não fosse planejado. “Tinha pavor de comer ou beber algo que não havia planejado”, desabafa. "Só me sentia confortável em comer vegetais, batata doce, quinoa e, ocasionalmente, suco verde com um pouco de banana”, contou Jordan ao TAB. Jordan chegava a situações extremas, como ficar 20 minutos em frente à geladeira, que só tinha opções #limpas, procurando algo para comer. Não comia nada que não fosse orgânico e só sentia à vontade na própria cozinha, onde tinha a certeza da procedência dos alimentos. 

Apesar de ainda não estar descrito no DSM (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, na sigla em inglês), a ortorexia já é reconhecida e tratada por especialistas da área.

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