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Mais de 50% da população mundial acredita que seu país está em declínio

O estudo ainda mostra que 69% da nação brasileira sente que os políticos e seus partidos não se importam com a população

Mais de 50% da população mundial acredita que seu país está em declínio
Notícias ao Minuto Brasil

16:59 - 17/01/17 por Notícias Ao Minuto

Lifestyle Pesquisa

No estudo "O sistema está quebrado?", no qual 22 países participaram, Brasil ocupa terceira posição no ranking, atrás de África do Sul (1º), Coreia do Sul e Itália (empatados em 2º) Brexit. Eleição do outsider Donald Trump nos EUA. Impeachment no Brasil. O sistema tradicional de política e governo está quebrado? Para mais da metade da população mundial (57%), sim. Os mais decepcionados são África do Sul (77%), Coreia do Sul (73%), Itália (73%) e Brasil (72%). Em contrapartida, indianos (22%) e canadenses (38%) não possuem essa percepção de decadência em suas nações. É o que revela a pesquisa Global Advisor da Ipsos em 22 países, que também investigou o apoio a líderes dispostos a romper com as regras vigentes e opiniões sobre os efeitos da globalização.

"A Ipsos está monitorando altos níveis de descontentamento com a maneira tradicional de fazer política há algum tempo. Isso pode assumir muitas formas - insegurança econômica, sentimento anti-imigração e uma percepção geral de declínio. Nosso estudo sugere que muitos países em todo o mundo compartilham a visão de que o sistema não lhes serve mais. Além disso, esse sentimento não tem restrições a fronteiras. Das economias emergentes ao mundo desenvolvido, das Américas à Europa e à Ásia, há frustrações e insatisfações. Esse clima de descontentamento provavelmente desempenhará um papel crucial em 2017 também com mais eleições chegando em países como França e Coreia do Sul", afirma Danilo Cersosimo, diretor da Ipsos Public Affairs.

A percepção de declínio, no entanto, não é seguida de descrença em relação ao futuro. Dois em cada três entrevistados globalmente (67%) acreditam que seu país pode se recuperar e apenas 15% considera que o quadro é irreversível. Os mais otimistas são os peruanos (85%), seguidos pelos mexicanos e israelenses, empatados em segundo lugar (84%). O Brasil aparece em quinto lugar no ranking - 80% dos respondentes acham que é possível reverter o cenário atual e começar uma recuperação.

Um líder que esteja disposto a quebrar as regras será bem-vindo para 49% dos entrevistados globais. França (80%), Israel (69%), Itália (68%), Coreia do Sul (66%), Turquia (66%) e Índia (65%) são os países com maior favorabilidade ao que pode resultar na ascenção de outsiders do sistema político tradicional ou líderes populistas. No Brasil, os favoráveis são 48%. Já alemães (21%) e suecos (23%) são os menos propensos a aprovarem um líder com esse perfil.

O estudo ainda mostra que 69% da nação brasileira sente que os políticos e seus partidos não se importam com a população. O sentimento é global - 64% nos 22 países possuem a mesma visão. A globalização também foi abordada na pesquisa e, em média, 42% pensam que abrir a economia do seu país a negócios e comércios estrangeiros é uma oportunidade contra 26% que consideram uma ameaça. Os mais positivos sobre o potencial da globalização são Peru (55%), África do Sul (54%) e Reino Unido (54%). Os que menos veem como oportunidade são França (26%) e Japão (27%).

Outro tema abordado que apontou um sentimento pessimista em todo mundo é comparação entre gerações. As pessoas sentem que a sua geração teve uma vida pior do que os seus pais (43%). Europeus (Hungria - 65%, França - 61%, Itália - 60% e Espanha - 56%) e asiáticos (Coreia do Sul - 56% e Japão - 54%) estão mais insatisfeitos do que os latino-americanos (México 38%, Brasil 35% e Argentina 30%). As pessoas são ainda mais descrentes com as perspectivas de futuro dos jovens de hoje: 48% acham que a vida deles será pior que a dos seus pais e 48% pior, especialmente em países europeus como França (67%), Bélgica (66%) e Espanha (65%).

Realizada entre 21 de outubro e 04 de novembro, a pesquisa aconteceu em 22 países: África do Sul, Alemanha, Argentina, Austrália, Bélgica, Brasil, Canadá, Coreia do Sul, Espanha, Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, Hungria, Índia, Israel, Itália, Japão, México, Peru, Polônia, Suécia e Turquia. Foram entrevistadas 16.096 pessoas, sendo adultos de 18 a 64 anos nos Estados Unidos e no Canadá e de 16 e 64 anos nos demais países. A margem de erro é de 3,5%.

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