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CBO: 30% das crianças em idade escolar possui algum problema de visão

Miopia, hipermetropia e astigmatismo podem comprometer o aprendizado e a rotina das crianças

CBO: 30% das crianças em idade escolar possui
algum problema de visão
Notícias ao Minuto Brasil

12:49 - 03/02/17 por Notícias Ao Minuto

Lifestyle Saúde ocular

As férias escolares chegaram ao fim e o novo ano letivo já teve início em grande parte da rede de ensino. A volta às aulas é um momento que pede atenção dos pais, principalmente em relação à saúde ocular das crianças. Segundo dados do Ministério da Saúde, 30% das crianças em idade escolar possui algum problema de visão e, conforme o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), entre 3% e 10% dos brasileiros, de 7 a 10 anos, precisam usar óculos.

Os erros de refração, por exemplo, podem prejudicar atividades do dia a dia e o aprendizado. Entre os mais comuns, a miopia – dificuldade para enxergar objetos que estão longe; a hipermetropia – incapacidade de visualizar claramente objetos próximos; e astigmatismo – objetos desfocados tanto perto como longe.

“Os pais ou responsáveis devem observar se a criança apresenta dificuldade em reconhecer objetos comuns e pessoas conhecidas e se não manifesta mais interesse por atividades normalmente cativantes, além de tropeçar ou cair com frequência. Na sala de aula, os erros refracionais podem fazer a criança ‘apertar’ os olhos para enxergar, levantar de seu lugar e se aproximar da lousa ou até mesmo desistir de prestar atenção. Também é possível observar casos de dores de cabeça no fim do dia de estudos pelo esforço em tentar ver melhor”, alerta o Dr. Fabio Pimenta de Moraes, especialista em oftalmopediatria do H. Olhos – Hospital de Olhos Paulista.

Os problemas de refração devem ser corrigidos sempre que limitarem a capacidade visual das crianças, pois podem acarretar um desenvolvimento visual incompleto, comprometer o aprendizado, deixar a criança insegura e mais propensa a se machucar em quedas ou acidentes. Tão logo seja percebida a deficiência, é importante consultar um oftalmologista para uma avaliação, exames e a prescrição dos óculos, que, normalmente, devem ser usados constantemente e revistos frequentemente, para corrigir pequenas mudanças de grau possíveis de ocorrerem de tempos em tempos.

O processo de adaptação

É comum muitas crianças rejeitarem os óculos, ainda que percebam a diferença para enxergar. Em geral, isso acontece porque elas não gostam de se sentir diferentes dos amigos. Para reverter essa situação, é interessante que participem da escolha do modelo, apresentando a elas algumas opções para que selecionem os óculos preferidos.

“Isso é importante para que a criança se sinta ‘dona’ dos óculos. Outra medida fundamental é criar uma rotina, colocando os óculos logo que acordar e retirar apenas ao tomar banho e dormir, além de recompensar o uso com atividades ou vantagens que a criança goste ou queira”, explica o Dr. Fabio. Caso a criança ainda tenha dificuldade, uma opção é que outras pessoas do círculo social também usem óculos ou pelo menos armações, mesmo que sem grau.

Como escolher os óculos?

A criança normalmente não toma muito cuidado com seus óculos e, sendo assim, o ideal são armações mais resistentes e/ou maleáveis (acetato ou silicone/nylon). A adaptação dos óculos no rosto da criança, que ainda não tem a base nasal completamente desenvolvida, é outro fator relevante. “Os pais ou responsáveis devem checar a armação no rosto no momento da compra para assegurar que fique bem ajustada, sem cair ou cobrir os olhos, seja para cima ou para os lados”, diz o especialista.

Para as aulas de educação física, os modelos de silicone, geralmente mais macios, são os mais indicados. Entretanto, dependendo do grau, a criança pode retirar os óculos para o exercício. Já para os que praticam esportes de competição, há armações específicas, com lentes especiais e espumas para evitar traumatismos.

Em caso de alteração ou dúvidas quanto às condições oculares ou visuais, procure um oftalmologista o quanto antes. “O acompanhamento médico deve acontecer desde o início, com uma primeira avaliação dentro do primeiro de vida, de preferência entre 4 e 8 meses, e a partir de então, a cada ano. Assim, a família pode assegurar um desenvolvimento visual saudável para a criança”, finaliza o médico.

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