Tudo começou com um aborto espontâneo. A Psicóloga Aline Borges de Araújo procurou um médico para investigar as causas do problema e descobriu que a endometriose a impedia de manter uma gestação. Fez logo um procedimento cirúrgico, mas não sabia que esse era apenas o primeiro obstáculo de um longo caminho até a maternidade.

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Quando estava no 4º mês de gestação, ela descobriu o câncer de mama. O tratamento foi feito durante a gravidez. Aline fez quimioterapia e quando estava com 34 semanas precisou realizar um parto prematuro para dar sequência ao tratamento e não colocar em risco a saúde do bebê. Depois do parto, continuou o tratamento contra o câncer. Enfrentou novas complicações, precisou fazer mais uma cirurgia, teve dificuldades de cicatrização e agora faz radioterapia. Mas nada disso tira dela a vontade de comemorar o primeiro dia das mães com a filha.

"O importante é que mesmo depois de todos esses obstáculos, a Ana Victória está comigo. Ela completou 11 meses e é uma menina linda e muito saudável", afirma emocionada. A equipe da clínica Mãe, especializada em Reprodução Humana, esteve sempre ao lado de Aline e acompanhou cada etapa do processo. A especialista em Reprodução Humana, Dra. Paula Fettback, diz que fez o diagnóstico da endometriose e que o câncer foi descoberto num auto-exame.

"A Endometriose está entre as principais causas da infertilidade feminina. O Câncer de mama, não. Mas há um risco grande de infertilidade após a quimioterapia. Durante a quimioterapia não é aconselhável a estimulação da ovulação. Por isso o mais indicado para a mulher é fazer a criopreservação para armazenar os óvulos saudáveis antes do tratamento", explica a Dra. Paula.

O que é Criopreservação

A Criopreservação ou Congelamento de embriões é a técnica mais consagrada de preservação da fertilidade. Óvulos obtidos usualmente através de estímulo ovariano são fertilizados em laboratório e os embriões resultantes são congelados. As taxas de gestação, fruto de embriões congelados, se aproximam daquelas resultantes de embriões transferidos a fresco (não congelados).

“ A principal desvantagem da fertilização prévia do óvulo é que ela não possibilita à mulher definir posteriormente o “pai biológico” de sua prole. Isto é, a mulher que realizará esta técnica deve ter um parceiro já definido ou utilizar esperma doado”, esclarece o especialista em Reprodução Humana, Dr. Alfonso Massaguer, diretor responsável pela clínica Mãe de Medicina Reprodutiva.