Baixa adesão de vacinas importantes preocupa MS e especialistas
Pediatra fala sobre perigos da não imunização de bebês e crianças
© Tânia Rêgo/Agência Brasil
Lifestyle ANTI-VACINAS
Os índices de imunização de bebês e crianças no Brasil estão deixando especialistas em alerta. Isso porque, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde o país atingiu o menor nível de cobertura vacinal dos últimos 16 anos, em se tratando de bebês com menos de um ano. De acordo com o órgão, todas as vacinas indicadas para essa faixa etária ficaram abaixo da meta de imunização, que é de 95%, com exceção da BCG, ofertada nas maternidades, com 91,4% de adesão.
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Segundo a pediatra da Clinica Soulleve, Dra. Tatiana Russo, os pais estão deixando de vacinar seus filhos contra doenças que atualmente parecem erradicadas, justamente por não apresentarem risco iminente. “Além do medo dos possíveis efeitos colaterais das vacinas e os boatos a respeito da efetividade da imunização, os pais ainda acreditam que por não haver surtos de algumas doenças no momento, não é necessário vacinar seus filhos contra elas. Mas a imunização serve justamente para que essas epidemias não voltem a acontecer”, afirma.
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Dentre as vacinas menos aplicadas estão as que protegem contra poliomielite, meningite, sarampo, caxumba, rubéola, difteria, varicela e rotavírus. Além da baixa imunização contra a gripe, no caso de crianças menores de cinco anos e gestantes.
“O maior perigo dessa decisão equivocada dos pais é que já há aumento de casos de algumas dessas doenças em regiões espalhadas pelo país. A gripe, por exemplo, já matou 44 crianças, apenas nestes primeiros seis meses do ano no Brasil e as pessoas não estão percebendo os riscos da não imunização”, conclui a pediatra.