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Filho trans de Witzel desabafa: 'Seguidor do meu pai me queria morto'

Filho do governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel, Erick diz que não fala com o pai desde que a campanha começou

Filho trans de Witzel desabafa: 'Seguidor do meu pai me queria morto'
Notícias ao Minuto Brasil

09:28 - 24/01/19 por Notícias Ao Minuto

Lifestyle História

Erick Witzel é um cozinheiro carioca que viu seu nome, de repente, se tornar conhecido durante a campanha eleitoral. Ele é um dos quatro filhos de Wilson Witzel, eleito governador do Rio de Janeiro pelo PSC nas eleições de 2018. Atualmente com 24 anos, Erick conta que a transição começou em 2013.

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Funcionário do hotel Fasano, Erick contou ao UOL sobre todas as divergências com o pai, o choro no colo da mãe e a última vez que falou com o governador eleito, em meados de 2018.

Ele relembra que na infância e juventude, nunca se identificou com atitudes "femininas". Aos 17 anos, Erick viu um documentário sobre gênero e se identificou com a situação. Ao fim de uma reflexão que durou vários dias, ele decidiu começar a transição. "Fiquei apavorado com o que encontrei: transexuais têm expectativa de vida de 35 anos. O índice de suicídio entre pessoas trans é por volta de 60%, e 90% delas estão na prostituição. Quantos trans você vê na política? Quantos são médicos ou advogados? Eu pensei em desistir de me assumir homem. Mas era impossível. Eu já era aquilo", relembra.

O cozinheiro conta ainda que o apoio da mãe foi fundamental para que ele não se perdesse no meio do caminho. "Ela é Deus. Me deu a vida quando nasci e continua me dando vida até hoje. É como uma injeção de vida atrás de vida", discorre.

Sobre a relação com o pai, Erick conta que os dois não são próximos. "Ele não se opôs, mas não quis acompanhar. Não ofereceu ajuda em nenhum momento", comenta. Ele conta que alguns seguidores do pai já o ameaçaram nas redes sociais. "Uma delas me disse que meu "tipo de gente", a população LGBT, tem de ser silenciada, e que ela riria muito quando me visse no caixão. Essa me deu medo. Pelo menos, depois que a campanha acabou, as mensagens de ódio diminuíram", finaliza.

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