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Uso incorreto do protetor solar pode aumentar riscos do câncer de pele

Segundo pesquisa, grande parte das pessoas utiliza uma quantidade menor do que a recomendada de filtro solar, o que favorece o surgimento de queimaduras solares e outros fatores de risco associados ao câncer de pele

Uso incorreto do protetor solar pode aumentar riscos do câncer de pele
Notícias ao Minuto Brasil

08:30 - 03/06/19 por Notícias Ao Minuto

Lifestyle Cuidados

O câncer de pele é um dos tipos mais recorrentes de câncer no Brasil, correspondendo a 33% de todos os diagnósticos desta doença no país, de acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia. Logo, a fotoproteção mostra-se fundamental em nosso dia-a-dia, principalmente quando passamos longos períodos expostos ao sol, afinal, é a maneira mais eficiente de se prevenir o câncer de pele.

O problema é que, segundo estudo publicado na revista médica British Journal of Dermatology, grande parte das pessoas não aplica a quantidade suficiente de fotoprotetor para que este se torne eficaz contra a radiação ultravioleta e as queimaduras solares, fatores que estão relacionados ao aumento do risco da doença. “Para que o filtro solar funcione de forma realmente eficaz é necessário que seja aplicado na quantidade de 2mg por centímetro quadrado, que para o rosto, por exemplo, equivale a uma colher de chá. Porém, as pessoas tendem a aplicar apenas 0,8mg/cm2, ou seja, menos da metade da quantidade recomendada, o que é extremamente perigoso, principalmente em lugares como praias e piscinas, onde a exposição solar é intensa”, explica a dermatologista Dra. Valéria Marcondes, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Academia Americana de Dermatologia.

Aqui no Brasil o problema ainda possui um agravante, pois, além do país possuir um dos maiores índices de radiação solar do mundo, 80% dos brasileiros não têm a mínima ideia de qual a quantidade correta de protetor solar que deve ser aplicada, de acordo com pesquisa recente liderada pelo consultor e pesquisador em Cosmetologia Lucas Portilho, farmacêutico e diretor científico do Instituto de Cosmetologia e Ciências da Pele. “Se uma pessoa aplica metade da quantidade recomendada de um filtro solar com FPS 30, ela recebe a proteção equivalente à de um FPS 8. E o pior é que, por achar que está protegida, ela acaba aumentando sua exposição ao sol, o que pode levar a uma lesão celular”, explica Lucas.

A pesquisa também apontou que, dentre os 1793 entrevistados, apenas 27,5% aplicam filtro solar diariamente, somente 45% reaplicam o produto e 48% não aplicam o protetor solar em dias nublados.

Enquanto a pesquisa nacional reuniu os dados sobre fotoproteção no Brasil através de entrevista com a população, os pesquisadores do estudo publicado no British Journal of Dermatology reuniram 66 indivíduos para passar uma semana em Terefine, uma ilha na Espanha com altos índices de radiação ultravioleta, visando dessa forma verificar se o uso incorreto do fotoprotetor pode realmente levar aos fatores de risco do câncer de pele, como as queimaduras solares. 22 destes participantes utilizaram o protetor solar sem nenhuma instrução dos pesquisadores, enquanto os outros 40 pacientes foram instruídos sobre como utilizar efetivamente o produto, aplicando-o três vezes ao dia na quantidade de 2mg/cm2.

Durante todo o período foi monitorada eletronicamente a quantidade de radiação ultravioleta que cada um dos indivíduos foi exposto, bem como a vermelhidão que surgia na pele de cada um. “Após avaliação, os pesquisadores observaram que os participantes que utilizaram o fotoprotetor da forma convencional apresentaram maiores níveis de queimaduras solares e outros fatores de risco associados ao desenvolvimento de câncer de pele do que os pacientes que seguiram as recomendações de fotoproteção, já que estes não apresentavam queimaduras ou qualquer outra consequência da exposição solar prolongada”, afirma a médica.

De acordo com a dermatologista, ambos os estudos se mostram de grande relevância, visto que destacam como é grande a desinformação relacionada a utilização correta do fotoprotetor e como o uso convencional do produto feito pela grande maioria das pessoas não confere proteção suficiente contra a radiação solar. “Sendo assim, nos voltarmos à população e instrui-la corretamente sobre o uso do fotoprotetor é um passo fundamental na prevenção do câncer de pele”, destaca.

Mas, afinal, como adquirir a proteção solar adequada? Segundo a Dra. Valéria, a escolha do filtro solar correto é o primeiro passo. Este deve ter FPS 30, no mínimo, e conter ativos bloqueadores como dióxido de titânio e óxido de zinco. Porém, o mais importante é com relação a aplicação do produto, que deve ser feita diariamente pela manhã, mesmo em dias nublados, na quantidade de 2mg/cm2. “De forma prática, pensando na face, essa medida equivale a uma colher de café cheia. Já no caso do corpo, o recomendado é aplicar uma colher de café no braço e antebraço direitos, uma colher no braço e antebraço esquerdos, duas colheres no torso (1 para a frente e 1 para as costas), duas colheres para a coxa e perna direitas (1 para a parte da frente e 1 para a parte de trás), e duas colheres para coxa e perna esquerdas (1 para a parte da frente e 1 para a parte de trás). Além disso, o fotoprotetor deve ser reaplicado a cada duas horas ou sempre que transpirar muito, tomar banho de mar ou piscina”, finaliza.

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