Brasileira assassinada aos 13 anos é reconhecida mártir da Igreja
O Papa Francisco reconheceu Benigna Cardoso, uma brasileira morta aos 13 anos, na década de 1940, como mártir da Igreja Católica, anunciou hoje o Vaticano
© .
Mundo Religião
O decreto foi assinado na última quarta-feira (2), numa audiência do Papa Francisco com o prefeito da Congregação para a Causa dos Santos, Angelo Beciu.
A declaração de mártir é decisiva para o processo de beatificação dentro da Igreja, mas, neste tipo de caso, não é necessário reconhecer um milagre.
Apesar de ainda não ter sido beatificada, a menina é muito reverenciada na cidade de Santana do Cariri, no Ceará, onde nasceu e viveu.
Segundo informações divulgadas pela Igreja Católica, Benigna começou a ser assediada sexualmente por um rapaz aos 12 anos.
No dia 24 de outubro de 1941, ela estava procurando água em uma fonte perto de sua casa quando o mesmo rapaz tentou estuprar ela e acabou a matando com uma faca.
Após o crime, a menina foi considerada uma "mártir da pureza e castidade" e o local em que ela foi morta passou a ser visitado por peregrinos. Hoje há uma lápide, um monumento e um memorial com alguns dos pertences preservados da agora mártir brasileira.
Em 2011, a Diocese do Crato, no Ceará, deu início ao seu processo de beatificação da jovem. Em 2013, a causa foi aceita pela Congregação para a Causa dos Santos, e Benigna foi declarada Serva de Deus.