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China anuncia primeiro ensaio clínico de vacina contra Covid-19

Os voluntários chineses serão acompanhados ao longo de seis meses

China anuncia primeiro ensaio clínico de vacina contra Covid-19
Notícias ao Minuto Brasil

07:10 - 23/03/20 por Notícias Ao Minuto

Mundo Coronavírus

A China iniciou o primeiro ensaio clínico para testar uma vacina contra o novo coronavírus, numa altura em que vários países estão numa corrida para encontrar um tratamento eficaz contra a doença, noticiou hoje a imprensa oficial chinesa.

Cento e oito voluntários, divididos em três grupos, receberam as primeiras injeções na sexta-feira, de acordo com o jornal oficial em língua inglesa Global Times.

Os voluntários têm entre 18 e 60 anos e são todos oriundos da cidade chinesa de Wuhan, centro do surto detectado em dezembro.

As autoridades de saúde chinesas aprovaram o uso de seres humanos em experiências, em 17 de março, no dia em que os seus colegas norte-americanos realizaram o primeiro teste de uma vacina para a covid-19, com 45 voluntários adultos.

Os voluntários chineses serão acompanhados ao longo de seis meses.

Atualmente, não existe vacina ou tratamento aprovado para o coronavírus SARS-CoV-2.

O anúncio dos testes ocorre em uma época de grandes tensões entre os Estados Unidos e a China sobre a pandemia, com o Presidente norte-americano acusando Pequim de ser parcialmente responsável pela propagação do vírus.

Em editorial, o Global Times sublinhou, na semana passada, que "desenvolver uma vacina é uma batalha que a China não pode perder".

Na última semana, as empresas farmacêuticas multinacionais comprometeram-se a fornecer uma vacina contra a covid-19 "em qualquer lugar do mundo", num tempo estimado entre 12 e 18 meses, no mínimo.

A Rússia anunciou também que começou a testar uma vacina em animais. Os primeiros resultados serão conhecidos em junho.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infectou mais de 341 mil pessoas mundialmente.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu é aquele onde está surgindo atualmente o maior número de casos, com a Itália sendo o país do mundo com maior número de vítimas mortais, com 5.476 mortos em 59.138 casos. Segundo as autoridades italianas, 7.024 dos infectados já estão curados.

Os países mais afetados a seguir à Itália e à China são a Espanha, com 1.720 mortos em 28.572 infecções, o Irã, com 1.685 mortes num total de 22.638 casos, a França, com 674 mortes (16.018 casos), e os Estados Unidos, com 390 mortes (31.057 casos).

Vários países adotaram medidas excepcionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.

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