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Hillary Clinton defende o controle de armas e chama atenção em debate

No primeiro debate democrata, pré-candidata defende controle de armas e volta a admitir que uso de e-mail pessoal para assuntos do governo foi um erro

Hillary Clinton defende o controle de armas e chama atenção em debate
Notícias ao Minuto Brasil

05:35 - 14/10/15 por Notícias ao Minuto Brasil

Mundo Democracia

No primeiro debate democrata, a pré-candidata Hillary Clinton defendeu o controle de armas, dizendo que é "hora de todo o país se levantar contra a NRA (Associação Nacional de Rifles)". Ela voltou a admitir que o uso de seu e-mail pessoal para assuntos do governo enquanto ocupava o cargo de secretária de Estado foi um erro, reporta o jornal O Globo.

A frase de Hillary sobre o controle de armas de fogo surgiu após a menção de que o senador Bernie Sanders, também pré-candidato, votou contra a lei que exige pesquisa de antecedentes dos compradores de armas no país em 1993. Sanders tentou se defender dizendo que representava os interesses de um estado rural, e afirmando que recebeu a nota D- na avaliação da NRA. Foi então que Martin O'Malley, ex-governador de Maryland, o acusou de "agir de acordo com os interesses da NRA"

A pré-candidata Hillary Clinton, que lidera em todas as pesquisas, foi aplaudida diversas vezes ao defender temas como a licença-maternidade e o acolhimento a imigrantes. Bernie Sanders, senador pelo estado de Vermont que cresce nas pesquisas, também arrancou aplausos da plateia em diferentes momentos, como os em que criticou o poder das empresas financeiras e defendeu universidade gratuita para todos.

Mesmo ausente, Biden ganha força na corrida

Se os debates dos republicanos, com 11 pré-candidatos, pareceram ter postulantes demais, o primeiro encontro dos democratas é marcado por ter gente de menos. O debate dos pré-candidatos que tentam a indicação para a eleição presidencial americana, nesta terça-feira na rede CNN, está sem o nome que atualmente agita o partido: Joe Biden. O vice-presidente ainda não tem posição fechada sobre a corrida à Casa Branca, mas seu nome aparece cada vez com mais força nas pesquisas.

Durante todo o dia, havia a expectativa de que Biden pudesse anunciar sua candidatura e ser o sexto integrante do evento, transmitido a partir das 22h (Brasília), o que ele não fez. Mas, se não está no palco do debate, em Las Vegas, estava na TV: durante todo o dia, a propaganda de um comitê independente pedia que ele entrasse na corrida.

Embora Hillary Clinton ainda lidere com folga todas as pesquisas sobre a indicação do partido, não detém, há meses, mais de 50% das intenções de votos. Em alguns levantamentos, Biden e Sanders, juntos, têm mais intenções de voto dos democratas do que a ex-secretária de Estado e ex-primeira-dama. Na última pesquisa da FoxNews, divulgada nesta terça-feira e realizada entre os dias 10 e 12 de outubro, Hillary aparece com 43% das intenções de votos, contra 25% de Sanders e 19% de Biden — que chega a esse percentual sem ter feito campanha.

Aos 72 anos, o vice-presidente é um político carismático, e sua eventual candidatura pode ter ares messiânicos, que tanto atraem o eleitorado americano: seu filho Beau Biden pediu-lhe que saísse candidato pouco antes de morrer de câncer, aos 46 anos, em maio. Antes de ser escolhido por Obama como seu vice, Biden já havia entrado na luta pela indicação do partido em 2008 — contra o próprio Obama — e em 1988. Ele foi senador por Delaware por 36 anos, liderou o pacote de estímulo à economia depois da crise de 2009 — o que poderá dar dividendos valiosos agora, quando a recuperação americana parece acelerar e gerar empregos — e pode até mesmo atrair votos conservadores. Católico, já disse que acha o aborto "sempre errado".

Se Biden ainda não é o favorito nas pesquisas, desponta com vantagem nas simulações das eleições de 2016, vencendo os principais nomes republicanos com folga maior que Hillary. De acordo com a pesquisa da FoxNews, se a eleição fosse hoje, Hillary perderia de Donald Trump (ela teria 40% e ele, 45%), de Jeb Bush (40% a 44%) e de Carly Fiorina (39% a 42%).

Já o vice-presidente ganha de todos, tendo 13 pontos de vantagem sobre Trump, cinco a mais que Bush e quatro à frente de Fiorina. Para muitos especialistas, a ausência de Biden no debate não o prejudica, e pode até ajudá-lo. Ele entraria na disputa em novembro como nome novo e fugiria dos ataques.

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