Meteorologia

  • 24 ABRIL 2024
Tempo
--º
MIN --º MÁX --º

Edição

Obama: "feliz" por decisão judicial que protege jovens imigrantes

O Supremo Tribunal considerou que a decisão de Trump de terminar o programa iniciado por Obama, que protege os imigrantes ilegais com menos de 30 anos de serem deportados, é "arbitrária".

Obama: "feliz" por decisão judicial que protege jovens imigrantes
Notícias ao Minuto Brasil

16:45 - 18/06/20 por Notícias ao Minuto Brasil

Mundo Obama

O ex-Presidente americano, Barack Obama, disse hoje estar "feliz" pela decisão do Supremo Tribunal de Justiça dos EUA, que rejeitou uma tentativa do Governo de Donald Trump de colocar um fim às proteções legais dos jovens imigrantes.

O Supremo Tribunal considerou que a decisão do Governo republicano de terminar o programa iniciado pelo anterior Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que protege os imigrantes ilegais com menos de 30 anos de serem deportados, é "caprichosa" e "arbitrária".

Assim, estes imigrantes, conhecidos com os "dreamers" (sonhadores) continuam a manter autorizações para trabalhar nos Estados Unidos e fica preservada a sua proteção contra tentativas de deportação, por uma decisão judicial que é um relevante revés político para o atual Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em ano de eleição presidencial.

Obama não escondeu a satisfação por esta decisão judicial, que mantém a política implementada por ele, e que também foi aplaudida pelo Governo do México, país que tem cerca de 12 milhões de habitantes vivendo fora do país, a maioria dos quais residindo nos Estados Unidos.

"Esta semana, passaram oito anos desde que protegemos da deportação os jovens que cresceram na nossa família americana", escreveu Obama, na sua conta da rede social Twitter.

"Hoje, estou feliz por eles, pelas suas famílias, por todos nós. Podemos parecer diferentes e vir de todos os lugares, mas o que nos torna americanos são os nossos ideais compartilhados", acrescentou o ex-Presidente.

O Programa de Ação Diferida para a Chegada de Crianças (DACA, na sigla em inglês) aplica-se a pessoas que estejam nos Estados Unidos desde crianças, em situação ilegal, não tendo, em muitos casos, nenhuma outra memória de casa para além dos EUA.

O programa surgiu depois de um impasse político sobre um projeto de lei sobre imigração, que opôs o Congresso ao Governo de Barack Obama, em 2012.

Nessa altura, Obama decidiu proteger formalmente as pessoas nessa situação de deportação, além de preservar os seus postos de trabalho.

Com a chegada de Donald Trump, em 2017, o Presidente anunciou o encerramento do DACA, apesar das críticas de numerosos grupos de direitos civis.

Por isso, o atual Presidente criticou hoje severamente o Supremo Tribunal por esta decisão.

"Estas horríveis e politicamente enviesadas decisões do Supremo Tribunal são tiros na cara de pessoas que se orgulham de ser republicanos e conservadores. Precisamos de mais juízes ou iremos perder a segunda emenda", escreveu Trump no Twitter, referindo-se à importância de ter mais juízes escolhidos por ele no Supremo Tribunal.

Do país vizinho a sul, contudo, vieram aplausos para a decisão judicial, que irá abranger muitos milhares de jovens imigrantes ilegais de origem mexicana.

"Esta é uma decisão histórica do Supremo Tribunal de Justiça dos EUA sobre o DACA", disse o vice-secretário para a América do Norte no Ministério dos Negócios Estrangeiros mexicano, Jesus Seade, na sua conta de Twitter.

"Este é um dia inesquecível!", conclui Seade, que foi um dos negociadores do acordo comercial entre os EUA, o Canadá e o México.

Campo obrigatório