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Para mídia, debate presidencial nos EUA foi caos, briga e 'shitshow'

No Brasil, a maioria dos veículos de mídia se concentrou no aspecto belicoso do debate, mas muitos se limitaram a repercutir as declarações de Joe Biden sobre o desmatamento no Brasil.

Para mídia, debate presidencial nos EUA foi caos, briga e 'shitshow'
Notícias ao Minuto Brasil

15:50 - 30/09/20 por Folhapress

Mundo EUA-ELEIÇÕES

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Logo após o final do primeiro debate eleitoral americano, a câmera da CNN internacional focou o âncora Jake Tapper, que estava com os olhos arregalados. "Isso não foi nem um debate, foi uma vergonha", disse.

Sua colega Dana Bash, chefe da cobertura política da emissora, não se conteve: "Foi um 'shitshow' [show de merda]", disse ao se referir ao debate entre o presidente Donald Trump e seu rival na eleição de 3 de novembro, o democrata Joe Biden.


No dia seguinte, o site da emissora americana estampava em sua manchete: "Trump transforma debate em desastre caótico", além de destacar o fato de o presidente americano ter se recusado a condenar supremacistas brancos, após ser indagado pelo moderador Chris Wallace.


Já a versão brasileira da emissora, a CNN Brasil, foi bem mais amena ao descrever o debate presidencial, dizendo "Com momentos hostis, Trump e Biden repetem ataques em primeiro debate" e "Debate desbanca para agressões, Biden confronta Trump: Cala a boca".


A maioria dos jornais americanos usou as palavras "caos", "briga" e "insultos" .


Na versão impressa, o jornal The New York Times colocou na manchete com "Interrupções agressivas de Trump transformam debate em caos absoluto" , o diário The Washington Post cravou "Trump faz debate mergulhar em bate boca inflamado" e até o mais contido The Wall Street Journal "Trump e Biden brigam em debate cheio de conflitos".


O diário econômico inglês Financial Times também recorreu à palavra caos "Trump e Biden brigam em debate presidencial caótico" .


Veículos trumpistas como o online Breitbart declararam vitória do presidente no embate e celebraram a "assertividade" do republicano. "Trump venceu o primeiro debate" e "Trump detona Biden sobre lei e ordem, Hunter (filho de Biden) e fraude por correio, vencendo a pesquisa do Breitbart!".


Outro veículo que apoio o republicano, a Fox News usou como manchete "Os bons, os maus e os feios: Principais cinco momentos do rude primeiro debate presidencial" enquanto a âncora conservadora Laura Ingraham criticava o formato do debate.


O site conservador Drudge Report, que foi grande impulsionador de Trump na campanha de 2016, confirmou sua guinada política, chamando em sua página "Noite de debate (circo) expõe uma nação em declínio" e, abaixo "Buscas no Google sobre morar no Canadá disparam após debate presidencial".


No Brasil, a maioria dos veículos de mídia se concentrou no aspecto belicoso do debate, mas muitos se limitaram a repercutir as declarações de Joe Biden sobre o desmatamento no Brasil. "A floresta tropical no Brasil está sendo destruída", disse o democrata durante o debate. "Parem de destruir a floresta e, se não fizer isso, você terá consequências econômicas significativas", completou, indicando possíveis retaliações ao governo brasileiro.


No site do SBT, foi a reação do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, à fala de Biden que ganhou destaque: "Ricardo Salles ironiza oferta de candidato Joe Biden para Amazônia".

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