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Biden pede investigação sobre morte de jovem negro pela polícia

Daunte Wright foi baleado no domingo (11)

Biden pede investigação sobre morte de jovem negro pela polícia
Notícias ao Minuto Brasil

22:14 - 12/04/21 por Notícias ao Minuto Brasil

Mundo Violência

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pediu nesta segunda-feira (12) que os protestos contra a morte de um homem negro de 20 anos baleado pela polícia em Minnesota sejam pacíficos, e defendeu uma investigação completa do incidente.

Um vídeo mostrou Daunte Wright sendo baleado no domingo (11) na cidade de Brooklyn Center, em Minnesota, a poucos quilômetros de onde está sendo realizado o julgamento do ex-policial de Mineápolis, também em Minesota, Derek Chauvin, acusado de assassinar outro homem negro, George Floyd, no ano passado.

"É realmente uma coisa trágica o que aconteceu, mas acho que temos que esperar e ver o que a investigação mostrará", disse Biden a repórteres na Casa Branca. "Enquanto isso, quero deixar claro novamente: não há absolutamente nenhuma justificativa --nenhuma-- para saques, nenhuma justificativa para a violência. Protestos pacíficos, compreensíveis."

O chefe da polícia de Brooklyn Center, Tim Gannon, afirmou na segunda-feira que o incidente pareceu ter sido uma "descarga acidental" de uma policial que sacou sua arma em vez do taser (dispositivo não-letal) durante uma discussão após uma blitz de trânsito.

Biden disse que uma investigação será necessária para esclarecer os fatos. Ele acrescentou a repórteres que não tinha falado com a família de Wright, mas estendeu suas orações a eles e disse que entendia a raiva, a dor e o trauma na comunidade negra por causa dos incidentes repetidos de assassinatos por policiais.

Recursos federais estão sendo disponibilizados para ajudar a manter a paz e a calma, declarou Biden.

O incidente ocorreu no momento em que o governo Biden desistiu de uma promessa de campanha de criar rapidamente uma comissão de supervisão da polícia dos EUA, depois que uma autoridade sênior disse que o governo concluiu que o melhor seria uma lei para punir os policiais que usam força excessiva.

Os tumultos em Brooklyn Center ocorreram horas antes do reinício do julgamento do ex-policial Derek Chauvin. As manifestações foram reprimidas pela polícia local, que disparou gás lacrimogêneo e balas de borracha nos manifestantes que protestavam contra a morte de Wright, enquanto estes lançaram pedras, sacos de lixo e garrafas de água contra a polícia.

O prefeito ordenou um toque de recolher até as 6h e o superintendente de escolas local disse que o distrito recorreria ao ensino virtual nesta segunda-feira "por excesso de zelo".

O governador do Minnesota, Tim Walz, disse em um comunicado que está monitorando os tumultos "enquanto nosso Estado lamenta mais uma vida de um homem negro tirada pelas forças da lei".

A mãe da vítima, Katie Wright, disse a repórteres que o filho lhe telefonou na tarde de domingo para dizer que a polícia o havia parado por ter desodorizadores pendurados no espelho retrovisor, o que é ilegal no estado de Minnesota. Ela disse que pôde ouvir um policial falar ao filho para que saísse do carro.

"Ouvi uma briga, e ouvi policiais dizendo 'Daunte, não corra'", contou ela, em prantos. A ligação terminou, e quando ela ligou de volta, a namorada do filho atendeu e disse que ele estava morto no banco do motorista.

Em um comunicado, a polícia disse que os policiais pararam um homem por uma infração de trânsito pouco antes das 14h e descobriram que ele tinha um mandado de prisão pendente.

Quando a polícia tentou prendê-lo, ele voltou para o carro. Um policial atirou no homem, que não foi identificado no comunicado. O homem dirigiu vários quarteirões antes de atingir outro veículo e morrer no local.

* Com informações da Reuters

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