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Mimi Reinhardt, secretária que fez a lista de Schindler, morre aos 107 anos

"Minha querida e única avó morreu aos 107 anos. Que ela descanse em paz", escreveu sua neta Nina.

Mimi Reinhardt, secretária que fez a lista de Schindler, morre aos 107 anos
Notícias ao Minuto Brasil

16:32 - 09/04/22 por Folhapress

Mundo MIMI-REINHARDT

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Mimi Reinhardt, a secretária que elaborou a famosa lista de Oskar Schindler, o industrial alemão que salvou a vida de mais de mil judeus durante a Segunda Guerra Mundial, morreu em Israel aos 107 anos, segundo informou sua família na sexta-feira (8).


"Minha querida e única avó morreu aos 107 anos. Que ela descanse em paz", escreveu sua neta Nina, em hebraico a parentes, em uma mensagem vista pela AFP.


Judia de origem austríaca, Mimi Reinhardt viveu em Cracóvia, na Polônia, antes da Segunda Guerra Mundial, e foi contratada por Oskar Schindler, para quem trabalhou até 1945.


Durante a guerra, ela compilou listas de funcionários judeus salvos das câmaras de gás nazistas por Oskar Schindler (1908-1974). A história foi popularizada pelo filme "A Lista de Schindler", de Steven Spielberg, que ganhou sete prêmios da Academia e dezenas de congratulações internacionais. Contudo, a secretária não faz parte do filme, no qual as listas com os nomes judeus são elaboradas por um sócio de Schindler.
Reinhardt afirmou ter conhecido Steven Spielberg, mas admitiu que levou anos para assistir à produção. "Fui convidada para a estreia em Nova York. Mas tive que sair antes da exibição, foi muito difícil para mim", disse.


Reinhardt, que viveu em Nova York após a guerra, mudou-se para Israel em 2007, aos 92 anos, para se juntar ao único filho, Sacha Weitman, então professor de sociologia da Universidade de Tel Aviv, e aos netos.


"Sinto-me em casa", disse aos jornalistas que a esperavam no aeroporto.


Nos últimos anos, ela viveu em uma casa de repouso em Herzliya, uma cidade costeira ao norte de Tel Aviv.


Há alguns anos, o fotógrafo Gideon Markowicz, do jornal israelense "Israel Hayom", a conheceu durante a elaboração de um projeto sobre os sobreviventes do Holocausto.


"Ela participava das atividades do lar de idosos, foi campeã de bridge, navegava na internet e acompanhava o mercado de ações", disse à AFP, na sexta-feira.

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