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Paramilitares tomam palácio presidencial no Sudão e conflitos armados se espalham pelo país

O grupo paramilitar FAR (Forças de Apoio Rápido) do general Mohamed Hamdan Daglo, conhecido como Hemedti, apelou à população e aos militares para que se levantem contra o Exército e o general Abdel Fatah al Burhan, líder no país africano desde o golpe há quase dois anos.

Paramilitares tomam palácio presidencial no Sudão e conflitos armados se espalham pelo país
Notícias ao Minuto Brasil

22:20 - 15/04/23 por Folhapress

Mundo SUDÃO-GOVERNO

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Paramilitares do Sudão reivindicaram neste sábado (15) o controle do palácio presidencial e do aeroporto internacional de Cartum, na capital, após tiroteios e explosões num contexto de rivalidade entre generais que participaram do golpe de Estado em 2021. Ao menos três civis foram mortos, segundo autoridades.


O grupo paramilitar FAR (Forças de Apoio Rápido) do general Mohamed Hamdan Daglo, conhecido como Hemedti, apelou à população e aos militares para que se levantem contra o Exército e o general Abdel Fatah al Burhan, líder no país africano desde o golpe há quase dois anos.


Hemedti e Burhan uniram forças para derrubar civis do poder em 2021. Mas as tensões entre os dois cresceram com o tempo. Há dias circulavam rumores sobre um confronto iminente. Neste sábado (15), a capital sudanesa, Cartum, acordou abalada por explosões e disparos de armas pesadas.


Principal grupo paramilitar do país, o FAR anunciou a tomada de infraestruturas estratégicas na capital, Cartum, e em cidades como Merowe e El Obeid. Em comunicado, instaram os moradores a se juntarem a eles "para proteger a pátria e os lucros da revolução", em referência à revolta popular que derrubou o ditador Omar al Bashir em 2019.


Em resposta, a Força Aérea Sudanesa informou ter atacado várias bases paramilitares em Cartum, destruindo bases do grupo rival. Num conflito de versões, informou ainda que os militares das FAR estavam sendo perseguidos e pediu aos civis que permaneçam em suas casas.


"Como todos os sudaneses, estamos abrigados", escreveu o embaixador dos EUA, John Godfrey, no Twitter.

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