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O ministro do Interior holandês assegurou hoje que será analisado se houve algum problema de comunicação com a Bélgica sobre a expulsão da Turquia, no verão passado, de Ibrahim el-Bakraoui, um dos terroristas suicidas dos atentados de Bruxelas, ocorridos na terça-feira (22).
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"Não sabemos neste momento. Irá se analisar muito pormenorizadamente para ver o que aconteceu", disse o ministro Ronald Platerk, ao chegar ao conselho extraordinário de ministros do Interior europeus, afirmando que esta questão é o tema de uma carta que o Governo holandês vai enviar nesta quinta-feira (23) ao seu parlamento.
Referindo sobre como pôde acontecer de os terroristas passarem pela Europa sem serem detectados, respondeu: "Vivemos numa sociedade aberta, não num Estado policial. Pode acontecer que as pessoas façam coisas horríveis".
Platerk admitiu que, para descobrir pessoas com planos terroristas, é necessário partilhar informação.
"Estamos juntos, na defesa do nosso modo de vida, da nossa liberdade, e na luta contra o terrorismo". Segundo o responsável, o nível de alerta antiterrorista na Holanda, vizinha da Bélgica, é substancial.
É uma "responsabilidade partilhada fazer o que pudermos para defender a nossa liberdade, a nossa democracia e a nossa maneira de viver", acrescentou.
Sobre o espaço sem fronteiras internas de Schengen, o ministro esclareceu que, quando se fala em liberdade, inclui também a de viajar dentro da Europa.
"O terrorismo é internacional, por isso, é vital que dentro da Europa estejamos juntos, lutemos contra o terrorismo e partilhemos informação", argumentou.
"Após os terríveis ataques de Paris (que ocorreram em 13 de novembro de 2015 causando a morte de 130 pessoas), foi elaborada uma série de novos planos; o que precisamos fazer hoje é garantir que serão aplicados", insistiu.