O papa Francisco defendeu o discurso de que religiosos devem ter uma abordagem empática em relação a fiéis divorciados e homossexuais, sem ignorar as posições da Igreja Católica. A declaração aparece no meio de divulgação da exortação apostólica “Amores laetitia” desta sexta-feira (8). No documento, Francisco diz que “em casa país ou região, é possível buscar soluções mais inculturadas, atentas às tradições e aos desafios legais”.

Sobre homossexuais, o documento afirma que “qualquer pessoa, independentemente de sua orientação sexual, deve ser respeitada em sua dignidade e tratada com consideração”. O papa, no entanto, fez ressalvas ao reconhecimento da união de casais gays. “Temos de admitir a grande variedade de situações familiares que oferecem certa estabilidade, mas uniões “de fato” ou do mesmo sexo não podem ser simplesmente equiparadas ao matrimônio”.

Em relação aos divorcidados, o papa escreveu que eles “podem encontrar-se em situações muito diferentes, que não devem ser catalogadas ou encerradas em afirmações demasiado rígidas, sem deixar espaço para um adequado discernimento pessoal ou pastoral”.

Por fim, o documento também fez menção contrária ao aborto e ao uso de expressões como “sexo seguro”. “Tais expressões conduzem a uma atitude negativa a respeito da finalidade procriadora natural da sexualidade, como se um possível filho fosse um inimigo de que é preciso se proteger”. “Desse modo”, continua o texto, “promove-se a agressividade narcisista, em vez do acolhimento”.