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Demissão de cardeal acusado de não denunciar pedofilia é "contrassenso"

"É um corajoso, um criativo, um missionário. Devemos agora esperar pelo seguimento do processo na justiça civil"

Demissão de cardeal acusado de não denunciar pedofilia é "contrassenso"
Notícias ao Minuto Brasil

21:15 - 16/05/16 por Notícias ao Minuto Brasil

Mundo Papa Francisco

Em declarações à edição de terça-feira do diário, o papa considera uma eventual demissão do prelado "seria um contrassenso, uma imprudência". E acrescentou: "Veremos após a conclusão do processo. Mas agora, seria culpado".

"Segundo os elementos de que disponho, creio que em Lyon, o cardeal Barbarin tomou medidas para conseguir controlar as coisas", explicou o papa.

"É um corajoso, um criativo, um missionário. Devemos agora esperar pelo seguimento do processo na justiça civil", acrescentou.

Entre outros responsáveis religiosos, o cardeal Barbarin, uma das personagens mais influentes da hierarquia católica francesa, é visado por dois inquéritos por "não-denúncia" de agressões sexuais cometidas sobre jovens entre 1986 e 1991 pelo padre Bernard Preynat.

"La Parole Libérée", uma associação de defesa das vítimas, censura monsenhor Barbarin por não ter denunciado estes atos à justiça, e quando estava informado desde 2007.

Arcebispo de Lyon desde 2002, o cardeal Barbarin nega ter encoberto estes fatos, mas em 25 de abril admitiu "erros na gestão e na nomeação de certos padres".

Numa referência mais geral à pedofilia, o papa Francisco sublinhou "não ser fácil julgar os fatos após décadas, num outro contexto". "A realidade não é sempre clara", disse.

A Conferência dos Bispos de França (CEF) decidiu assim criar células de escuta em cada diocese e formar uma "comissão nacional de peritagem independente" para aconselhar os bispos sobre estas situações.

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