Uma brasileira de 34 anos foi encontrada morta nesta segunda-feira (5) no lago Biwa, em Hikone, a 450 quilômetros de Tóquio, no Japão. Identificada como Lidia Kazumi Maeda, a mulher era de Itapeva (SP) e morava no país japonês há 16 anos. Segundo o G1, Lidia foi com o companheiro e um grupo de amigos até o lago para um churrasco no final de semana, quando os dois desapareceram ao passear em uma moto aquática.

"Eu não estava junto, mas nossos amigos estavam e me ligaram desesperados dizendo que os dois tinham saído para passear com a moto e não voltaram mais. Eles chamaram a polícia e não encontraram. Os policiais disseram que iam retomar as buscas no período da manhã. Mas eles ficaram desesperados e resolveram buscar por conta própria. Foi então que eles encontraram ela e o companheiro”, conta a amiga e colega de trabalho de Lidia, Jussara Rodolfo Passaro Yuguwa.

Conforme a Jussara, o homem foi encontrado consciente e levado para o hospital, onde segue internado. Já Lidia foi encontrada morta. "Ela não resistiu e morreu. Estamos em estado de choque pelo que aconteceu. Nunca íamos imaginar que isso poderia acontecer. O que mais me dói é saber que a filha dela, de 10 anos, estava na areia e acompanhou todas as buscas e viu quando a mãe desapareceu", afirma.

Ainda segundo a amiga, a polícia japonesa investigará o acidente. Ainda não há informações sobre as causas da morte.

A brasileira trabalhava em uma fábrica de ar-condicionado na cidade de Konan, localizada na província de Shiga, diz Jussara. "Ela estava no Japão desde 2000 e, desde que cheguei aqui, há cinco anos, ela sempre me ajudou. Era minha vizinha e trabalhávamos juntas. Por sermos do interior de São Paulo, ela de Itapeva e eu de Guapiara, nos identificamos e sempre fomos ligadas. Que tristeza. Sem palavras", conta a amiga.

O pai de Lidia, em entrevista ao G1, afirmou que toda a família está abalada com a notícia. "Ela foi para o Japão para trabalhar e era uma pessoa muito alegre. Não está sendo nada fácil saber que minha filha morreu longe de mim. Estou abalado e a família toda está. Há três anos não a via”, lamenta Yutaka Maeda.

Yutaka ainda revela que outro filho dele também mora no Japão e está cuidando do velório. A família ainda não decidiu se vai ou não ao Japão.

O Itamaraty, por meio da assessoria de imprensa, disse que ainda não há informações sobre o caso.

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