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Presidente da Itália pede para Renzi adiar renúncia

Parlamento tem menos de um mês para aprovar lei orçamentária

Presidente da Itália pede para Renzi adiar renúncia
Notícias ao Minuto Brasil

17:48 - 05/12/16 por Notícias Ao Minuto

Mundo para evitar riscos

O presidente da Itália, Sergio Mattarella, pediu nesta segunda-feira (5) para o primeiro-ministro Matteo Renzi adiar sua renúncia até a aprovação da lei orçamentária de 2017.

Os dois se reuniram por aproximadamente meia hora no Palácio do Quirinale, sede da Presidência da República, em Roma. Segundo Mattarella, é preciso "terminar o processo parlamentar para a aprovação da lei orçamentária".

Por isso, "a fim de evitar os riscos" de um "governo provisório", solicitou que Renzi permaneça no cargo até a conclusão da votação. O orçamento da Itália para 2017 já foi aprovado pela Câmara, mas ainda precisa do aval do Senado, onde a base aliada possui uma maioria estreita.

O primeiro-ministro decidiu renunciar após a população rejeitar, por um placar de 60% a 40%, sua reforma constitucional no referendo do último domingo (4). Renzi apostou todo o seu capital político no projeto, que reduzia o tamanho do Senado e promovia uma série de mudanças na Constituição italiana.

Nesta segunda-feira, o premier reuniu seu gabinete no Palácio Chigi, também em Roma, e agradeceu a seus ministros "pela colaboração e pelo espírito de equipe demonstrado nesses anos de governo. Em seguida, como manda o protocolo, se dirigiu ao Quirinale para entregar a carta de renúncia.

Nesses casos, a decisão final é sempre do presidente da República, que pode aceitar o pedido e iniciar consultas para formar um novo governo, dissolver o Parlamento e convocar eleições ou até mesmo manter o premier para um gabinete de objetivo definido, como a aprovação do orçamento.

Se essa lei não receber o aval do Congresso até o fim do ano, a Itália pode começar 2017 com suas finanças paralisadas, o que afetaria sua retomada econômica, que já é mais lenta do que o esperado.

A decisão de segurar Renzi no cargo, ainda que temporariamente, deve irritar parte da oposição, principalmente o antissistema Movimento 5 Estrelas (M5S) e a ultranacionalista Liga Norte, que pedem eleições imediatas. (ANSA)

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