Após 2 dias, Trump condena ataque de 'supremacistas brancos'
No entanto, o presidente evitou usar o termo "terrorismo"
© REUTERS/Joshua Roberts
Mundo EUA
Criticado por não condenar explicitamente o atentado cometido por um supremacista branco em Charlottesville, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, cedeu às pressões nesta segunda-feira (14) e mudou seu discurso em relação aos episódios do último sábado (12).
"O racismo é malvado, e aqueles que causam violência em seu nome são criminosos e bandidos, incluindo KKK [Klu Klux Klan], neonazistas, supremacistas brancos e outros grupos de ódio, são repugnantes a tudo o que consideramos importantes como americanos", declarou Trump em um pronunciamento na Casa Branca.
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Ainda assim, o presidente evitou usar a palavra "terrorismo". "Somos uma nação fundada na confiança de que todos nós somos tratados de maneira igual. Somos iguais aos olhos de nosso Criador. Somos iguais perante a lei. E somos iguais perante a Constituição. Aqueles que disseminam violência em nome do fanatismo atingem o coração da América", acrescentou.
No último sábado, o supremacista branco James Fields, de 20 anos, atropelou pessoas que protestavam contra uma manifestação neonazista em Charlottesville, na Virgínia. O atentado deixou uma vítima, a ativista Heather Heyer.
Logo após o ataque, Trump havia declarado que condenava o fanatismo e a violência "de muitos lados", dando ênfase a esse último termo. Um dos principais assessores do republicano, o estrategista-chefe Steve Bannon, é acusado de racismo e de defender a supremacia branca por meio do site "Breitbart News".
Até mesmo a filha do presidente, Ivanka Trump, fez uma clara condenação contra os neonazistas antes do pai. (ANSA)