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Enviado do Vaticano ouve depoimentos sobre abusos no Chile

Bispo Juan Barros teria acobertado casos de pedofilia na Igreja

Enviado do Vaticano ouve depoimentos sobre abusos no Chile
Notícias ao Minuto Brasil

06:50 - 21/02/18 por ANSA

Mundo Santiago

Diversas vítimas de abuso sexual na Igreja Católica prestaram depoimento nesta terça-feira (20) no Chile diante de um representante do Vaticano que investiga denúncias, na qual o bispo Juan Barros teria acobertado os casos.

Charles Scicluna, arcebispo de Malta, viajou a Santiago para se reunir com as vítimas que acusam Barros de encobrir os abusos do sacerdote Fernando Karadima e com os leigos que se opõem a sua designação como bispo da cidade de Osorno.

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O arcebispo é responsável por averiguar os crimes que a Igreja considera mais graves como os abusos sexuais realizados pelo clero a menores de idade. "Vim ao Chile enviado pelo papa Francisco para recolher informações úteis sobre o monsenhor Juan Barros Madrid, bispo de Osorno", disse Scicluna em uma breve declaração à imprensa.

"Quero manifestar meu agradecimento às pessoas que se declararam disponíveis para se encontrarem comigo durante os próximos dias", acrescentou o arcebispo.

Os depoimentos serão recolhidos durante quatro dias. Logo depois, Scicluna entregará suas conclusões diretamente ao Papa, que vai decidir se abrirá uma investigação canônica contra Barros.

"Isso é um processo de escuta, não é um tribunal, não é um auditório", esclareceu o porta-voz do Arcebispado, Jaime Coiro, acrescentando que não há um prazo para entregar as conclusões.

O número de pessoas que vão prestar depoimento não foi revelado.

No entanto, José Andrés Murillo e James Hamilton, dois dos quatro denunciantes de Karadima, se encontraram nesta tarde com o arcebispo.

Os dois acusam Barros de encobrir abusos sexuais cometidos por Karadima na década de 1980, enquanto frequentavam a capela de El Bosque. "Acho que é o momento de começar a esclarecer e tirar toda a sujeira debaixo do tapete", manifestou Hamilton, após testemunhar.

Karadima foi condenado por pedofilia em 2011 pelo Vaticano. No entanto, a Justiça do Chile disse que as acusações contra ele já haviam prescrito. (ANSA)

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