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Tiroteio em torneio deixa três mortos e 11 feridos nos EUA

A troca de tiros ocorreu durante o Madden 19 Tournament no GLHF Game Bar, de acordo com o Twitter da CompLexity Gaming, uma das organizadoras do evento

Tiroteio em torneio deixa três mortos e 11 feridos nos EUA
Notícias ao Minuto Brasil

19:01 - 26/08/18 por Folhapress

Mundo Flórida

Um ataque a tiros durante um campeonato de videogame em Jacksonville, Flórida (EUA), deixou ao menos dois mortos e 11 feridos neste domingo (26), em um episódio que reabre a discussão em torno do controle de armas nos Estados Unidos.

O atirador, que também morreu, foi identificado como David Katz, 24, morador de Baltimore, Maryland, segundo o xerife de Jacksonville, Mike Williams.

Depois do ataque, Katz cometeu suicídio com a mesma arma usada para balear as vítimas. Um veículo usado pelo atirador foi localizado nas redondezas e estava sendo revistado. Katz teria passado a noite num hotel em Jacksonville, segundo o xerife.

Ele usava os apelidos Bread e Ravenschamp. Katz, vencedor da competição do jogo Madden 17, teria perdido a disputa para um jogador conhecido como Trueboy. O ataque ocorreu no restaurante Chicago Pizza, no Jacksonville Landing, complexo de lojas e restaurantes.

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No local estava sendo realizado um campeonato online do jogo Madden 19, de futebol americano. Um vídeo que circulou na internet mostra o momento em que supostamente o atirador inicia o atentado. Vários disparos são ouvidos, assim como gritos, e a transmissão online do campeonato é interrompida.

O ataque provocou pânico nos frequentadores no complexo. Pessoas se esconderam em lojas e restaurantes tentando escapar dos tiros.

As vítimas foram levadas aos hospitais Memorial, UF Health Hospital e Baptist Medical Center. Um porta-voz do Memorial confirmou estar tratando ao menos três pacientes envolvidos no ataque a tiros durante o campeonato de videogame. E pelo menos uma pessoa foi levada ao Baptist. O UF Health recebeu seis pacientes, entre eles um com ferimentos graves.

As vítimas tinham idades entre 20 e 35 anos. A pessoa em condições críticas tinha sido baleada várias vezes no peito e estava sendo monitorada por médicos. Segundo o hospital, ao menos três pacientes foram baleados uma vez, e três receberam vários tiros.

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O governador da Flórida, Rick Scott, disse ter entrado em contato com o escritório do xerife local para oferecer todo o apoio necessário. Sarah Sanders, secretária de imprensa da Casa Branca, disse que o presidente Donald Trump foi informado sobre o ataque em Jacksonville e que estava monitorando a situação.

A conta oficial do jogo Madden no Twitter publicou uma mensagem dizendo ter tomado conhecimento do incidente no campeonato do jogo e afirmou estar trabalhando com as autoridades para coletar todas as informações neste momento. "É uma situação horrível e nossa mais profunda solidariedade a todos os envolvidos."

O ataque a tiros é o mais recente a deixar vários mortos neste ano nos EUA. Em maio, Dimitrios Pagourtzis, 17, entrou em escola em Santa Fé, Texas, com um revólver e uma espingarda e matou dez pessoas. Outras dez ficaram feridas. Três meses antes, um ex-aluno de 19 anos matou 17 pessoas em escola em Parkland, na Flórida.

O ataque traz à tona a discussão sobre o controle de armas nos Estados Unidos. Apoiadores de uma maior restrição na venda de armamentos batiam boca nas redes sociais neste domingo com quem defende que armar a população é a solução para prevenir episódios do tipo. 

+ Incêndio mata seis crianças nos EUA; bebê está entre as vítimas

A hashtag #backfiretrump, que pede para que o republicano detenha o "derramamento de sangue", ganhou força. "Americanos estão morrendo na Flórida. Autotuíte para tornar a epidemia de violência de armas nos EUA conhecida em BackfireTrump.com", indicavam posts.

A segunda emenda da constituição americana prevê o direito do cidadão de manter e portar armas de fogo. Em março, um mês depois do massacre de Parkland, Trump afirmou que "a segunda emenda nunca será revogada". A declaração foi uma resposta a um artigo escrito pelo ex-juiz da Suprema Corte John Paul Stevens que propunha isso.

Na sexta-feira (24), o jornal The New York Times publicou que o departamento de Educação americano estaria considerando permitir que os estados acessassem recursos federais para comprar armas para escolas.

A ideia teria surgido depois dos atentados de Santa Fé e Parkland. Na época do ataque à escola na Flórida, Trump defendeu que os professores portassem armas na sala de aula como forma de prevenir novos ataques.

"Se um professor tivesse uma arma [na escola da Flórida], ele não teria corrido; ele teria atirado e seria o fim de tudo isso", afirmou Trump, em fevereiro. Ele criticou ainda o fato de as escolas americanas serem zonas livres de armas. Com informações da Folhapress.

Em uma "live" do evento, que foi postado no site Twitch, pelo menos 13 tiros podem ser ouvidos e o jogo para no mesmo momento. Veja: 

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