Meteorologia

  • 19 ABRIL 2024
Tempo
--º
MIN --º MÁX --º

Edição

Nobel da Paz é entregue desde 1901; veja quem foram os ganhadores

A maioria dos premiados é considerada incontestável por sua contribuição para a paz no mundo tendo finalizado ou mediado guerras e conflitos

Nobel da Paz é entregue desde 1901; veja quem foram os ganhadores
Notícias ao Minuto Brasil

16:04 - 05/10/18 por Folhapress

Mundo Prêmio

Láurea mais importante para dirigentes mundiais, o Prêmio Nobel da Paz passou a ser entregue pelo comitê das famílias reais da Suécia e da Noruega desde 1901. A maioria dos premiados é considerada incontestável por sua contribuição para a paz no mundo tendo finalizado ou mediado guerras e conflitos.

A comissão julgadora, porém, é questionada pela escolha de alguns dos premiados, como o ex-presidente dos EUA Barack Obama (2009) em seu primeiro ano de mandato e a União Europeia (2012) no momento em que o bloco era mais questionado.

Veja a seguir quem foram os ganhadores do Nobel da Paz. 

2017

Campanha Internacional para Abolir Armas Nucleares (Ican)

Coalizão formada por 468 organizações da sociedade civil sediadas em 101 países diferentes foi reconhecida por atuar na implementação do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares

2016

Juan Manuel Santos (Colômbia)

Reconhecido por seu papel no acordo de paz com as Farc que pôs fim ao conflito de mais de 50 anos. O processo, porém, está ameaçado pelas dissidências da ex-guerrilha e deve ser modificado por seu sucessor, Iván Duque, eleito em agosto de 2018.

2015

Quarteto para o Diálogo Nacional da TunísiaPor sua contribuição decisiva na construção de uma sociedade plural no país

2014

Malala Yousafzai (Paquistão) e Kailash Satyarthi (Índia)

A jovem paquistanesa e o indiano foram premiados pela defesa dos direitos das crianças e à educação

2013

Organização para a Proibição de Armas Químicas

Sediada na Holanda, foi premiada por sua defesa da proibição de armas químicas

2012

União Europeia

Por mais de seis décadas contribuindo para a promoção da paz e reconciliação, democracia e direitos humanos na Europa; prêmio foi entregue no momento em que bloco era questionado por austeridade e desequilíbrio

2011

Ellen Johnson Sirleaf e Leymah Gbowee (Libéria) e Tawakkol Karman (Iêmen)

As três mulheres foram premiadas pela luta não violenta pela seguranças das mulheres e por seu direito de participação plena em processos de paz

2010

Liu Xiaobo (China)

Ativista foi premiado por sua luta longa e não violenta pelos direitos humanos em seu país; morreu em dezembro de 2017, sem receber a láurea

2009

Barack Obama (EUA)

Em seu primeiro ano, foi reconhecido por reforçar a diplomacia internacional e a cooperação entre as pessoas, mas no resto do mandato manteve as guerras no Iraque e no Afeganistão e interveio na Síria e na Líbia

2008

Martti Ahtisaari (Finlândia)

Diplomata e ex-presidente foi premiado por sua atuação por mais de 30 anos em resolver conflitos internacionais

2007

Al Gore e Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas dos EUA

Premiados pela disseminação de conhecimento sobre as mudanças climáticas

2006

Muhammad Yunus e Grameen Bank (Bangladesh)

Economista e diretor do Banco Grameen, especializado em micro crédito, pelo esforço de criar desenvolvimento econômico e social para os mais pobres

2005

Agência Internacional de Energia Atômica e Mohamed ElBaradei (Egito)

O diplomata e a agência da qual foi diretor foram premiados por seu trabalho em prevenir o uso de energia nuclear para fins militares e garantir que seu uso para fins pacíficos seja feito da forma mais segura possível

2004

Wangari Muta Maathai (Quênia)

Ativista foi premiada por suas contribuições ao desenvolvimento sustentável, à democracia e à paz

2003

Shirin Ebadi (Irã)

Defensora dos direitos das mulheres e das crianças, a advogada e ex-juíza foi premiada por seu trabalho de promoção dos direitos humanos e da democracia

2002

Jimmy Carter (EUA)

O presidente americano teve atuação decisiva no Acordo de Camp David e foi reconhecido pelo trabalho de solução pacífica de conflitos internacionais, promoção da democracia e dos direitos humanos

2001

Organização das Nações Unidas e Kofi Annan (Gana)

2000

Kim Dae-jung (Coreia do Sul)

1999

Médicos Sem Fronteiras (MSF)

1998

John Hume e David Trimble (Irlanda do Norte)

1997

Campanha Internacional para Eliminação de Minas Terrestres e Jody Williams

1996

Carlos Filipe Ximenes Belo e José Ramos-Horta (Timor-Leste)

1995

Joseph Rotblat e Conferências Pugwash sobre Ciências e Negócios Mundiais (Polônia)

1994

Yasser Arafat (territórios palestinos), Shimon Peres e Yitzhak Rabin (Israel)

Os três ganharam o Nobel da Paz devido aos acordos de Oslo, que pretendia retomar as negociações para a instalação de um Estado palestino. Desde então, porém, o diálogo não teve resultado. Rabin seria morto por um extremista judeu em 1995 e, cinco anos depois, haveria a Segunda Intifada. Israelenses e palestinos voltariam a se enfrentar outras vezes, sendo a última em 2014. Arafat morreria envenenado em 2004 e Peres, em 2016, de causas naturais.

1993

Nelson Mandela e Frederik Willem de Klerk (África do Sul)

O líder do movimento negro sul-africano e o último presidente do apartheid ganharam o prêmio devido ao fim da política racial e às negociações para a refundação política do país.

1992

Rigoberta Menchú Tum (Guatemala)

1991

Aung San Suu Kyi (Mianmar)

Foi laureada devido à sua prisão arbitrária depois da anulação da eleição pela junta militar que controlava o país e na qual seu partido havia sido vencedor. Ela ficaria no cárcere por um período total de 15 anos entre 1989 a 2010, quando foi libertada em definitivo. Tornou-se líder de fato do país em 2015, após seu partido dominar o Parlamento. Dois anos depois, porém, seria questionada pela repressão à minoria muçulmana rohingya, que levou ao êxodo de 600 mil pessoas e que a ONU chamaria de limpeza étnica, tendo pedidos para que seu Nobel da Paz fosse retirado. O comitê do prêmio decidiu mantê-lo.

1990

Mikhail Gorbatchev (então União Soviética, hoje Rússia)

O ex-líder soviético premiado por sua liderança no processo de paz que caracteriza partes importantes da comunidade internacional, em referência à Perestroika, que deu fim à Guerra Fria. Ele deixaria o cargo em 1991. 

1989

Tenzin Gyatso, o 14º dalai-lama (Tibete)

1988

Forças de Manutenção da Paz das Nações Unidas

1987

Óscar Arias Sánchez (Costa Rica)

1986

Elie Wiesel (Romênia-EUA)

1985

Médicos Internacionais para a Prevenção da Guerra Nuclear

1984

Desmond Mpilo Tutu (África do Sul)

1983

Lech Walesa (Polônia)

1982

Alva Myrdal (Suécia) e Alfonso García Robles (México)

1981

Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur)

1980

Adolfo Pérez Esquivel (Argentina)

1979

Madre Teresa de Calcutá (Macedônia-Índia)

Religiosa recebeu o prêmio "pelo trabalho realizado na luta por superar a pobreza e a angústia, que também constituem uma ameaça à paz". Ela, porém, foi questionada anos depois pela falta de remédios e insumos médicos nas casas que mantinha na Índia. 

1978

Mohamed Anwar al-Sadat (Egito) e Menachem Begin (Israel)

1977

Anistia Internacional

1976

Betty Williams e Mairead Corrigan (Irlanda do Norte)

1975

Andrei Dmitrievich Sakharov (Rússia) 

1974

Seán MacBride (Irlanda) e Eisaku Sato (Japão)

1973

Henry A. Kissinger (EUA) e Le Duc Tho (Vietnã)

Os dois foram premiados devido a um cessar-fogo na Guerra do Vietnã atingido em janeiro daquele ano, embora o conflito tenha terminado oficialmente em 1975. No entanto, o secretário de Estado na mesma época os EUA realizavam a Operação Condor e bombardeavam o Camboja. 

1972

Não houve laureados

1971

Willy Brandt (Alemanha)

1970

Norman E. Borlaug (EUA)

1969

Organização Internacional do Trabalho (OIT)

1968

René Cassin (França)

'Racista, homofóbico e misógino', diz jornal francês sobre Bolsonaro

1967

Não houve laureados

1966

Não houve laureados

1965

Unicef

1964

Martin Luther King Jr. (EUA)

O líder da luta pelos direitos civis nos EUA foi laureado um ano depois do discurso "I have a dream", que reuniu 250 mil pessoas, enquanto ele ainda era observado pelo FBI na lista de suspeitos de comunismo. Luther King seria morto em 1968.

1963

Comitê Internacional da Cruz Vermelha e Liga Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha

1962

Linus Carl Pauling (EUA)

1961

Dag Hjalmar Agne Carl Hammarskjöld (Suécia)

1960

Albert John Lutuli (África do Sul)

1959

Philip J. Noel-Baker (Reino Unido)

1958

Georges Pire (Bélgica)

1957

Lester Bowles Pearson (Canadá)

1956

Não houve laureados

1955

Não houve laureados

1954

Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur)

1953

George Catlett Marshall (EUA)

1952

Albert Schweitzer (França-Alemanha)

1951

Léon Jouhaux (França)

1950

Ralph Bunche (EUA)

1949

Lord (John) Boyd Orr of Brechin (Escócia)

1948

Não houve laureados

1947

Conselho da Sociedade dos Amigos (Quakers) e Comitê Americano da Sociedade dos Amigos (Quakers)

1946

Emily Greene Balch e John Raleigh Mott (EUA)

1945

Cordell Hull (EUA)

1944

Comitê Internacional da Cruz Vermelha

1943

Não houve laureados (Segunda Guerra Mundial)

1942

Não houve laureados (Segunda Guerra Mundial)

1941

Não houve laureados (Segunda Guerra Mundial)

1940

Não houve laureados (Segunda Guerra Mundial)

1939

Não houve laureado (Segunda Guerra Mundial)

1938

Comitê Internacional Nansen para Refugiados

1937

Robert Cecil (Reino Unido)

1936

Carlos Saavedra Lamas (Argentina)

1935

Carl von Ossietzky (Alemanha)

1934

Arthur Henderson (Reino Unido)

1933

Ralph Lane (EUA)

1932

Não houve laureados

1931

Jane Addams e Nicholas Murray Butler (EUA)

1930

Nathan Söderblom (Suécia)

1929

Frank Billings Kellogg (EUA)

1928

Não houve laureados

1927

Ferdinand Buisson (França) e Ludwig Quidde (Alemanha)

1926

Aristide Briand (França) e Gustav Stresemann (Alemanha)

1925

Austen Chamberlain (Reino Unido) e Charles Gates Dawes (EUA)

1924

Não houve laureados

1923

Não houve laureados

1922

Fridtjof Nansen (Noruega)

1921

Karl Hjalmar Branting (Suécia) e Christian Lous Lange (Noruega)1920Léon Victor Auguste Bourgeois (França)

1919

Thomas Woodrow Wilson (EUA)

1918

Não houve laureados (Primeira Guerra Mundial)

1917

Comitê Internacional da Cruz Vermelha

1916

Não houve laureados (Primeira Guerra Mundial)

1915

Não houve laureados (Primeira Guerra Mundial)

1914

Não houve laureados (Primeira Guerra Mundial)

1913

Henri La Fontaine (Bélgica)

1912

Elihu Root (EUA)

1911

Tobias Michael Carel Asser (Holanda) e Alfred Hermann Fried (Áustria)

1910

Gabinete Internacional Permanente para a Paz

1909

Auguste Marie François Beernaert (Bélgica) e Estournelles de Constant (França)

1908

Klas Pontus Arnoldson (Suécia) e Fredrik Bajer (Dinamarca)

1907

Ernesto Teodoro Moneta (Itália) e Louis Renault (França)

1906

Theodore Roosevelt (EUA)

1905

Bertha von Suttner (Áustria)

1904

Instituto de Direito Internacional

1903

William Randal Cremer (Reino Unido)

1902

Élie Ducommun e Charles Albert Gobat (Suíça)

1901

Jean Henry Dunant (Suíça) e Frédéric Passy (França)

Com informações da Folhapress.

Campo obrigatório