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Vaticano critica Itália por rejeitar pacto sobre migração segura

Cardeal Pietro Parolin também fez discurso na COP24

Vaticano critica Itália por rejeitar pacto sobre migração segura
Notícias ao Minuto Brasil

19:33 - 04/12/18 por Ansa

Mundo ONU

O secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, lamentou nesta terça-feira (4) a decisão do governo da Itália de não assinar o "Global Compact for Migration", pacto das Nações Unidas (ONU) sobre migração segura.

"Não tenho comentários, mas lamento que a Itália e outros Estados estejam ausentes na assinatura do Pacto Global sobre migração", disse o religioso.

Parolin espera que essa decisão "não comprometa o compromisso da comunidade internacional, porque esses problemas precisam de respostas comuns e globais". O acordo intergovenamental, que se compromete em desenvolver um pacto para migração segura, ordenada e dentro da lei, deve ser ratificado mundialmente durante uma conferência em Marrakech, no Marrocos, entre 10 e 11 de dezembro. No entanto, o primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, disse que não participará do evento nem se juntará ao tratado enquanto o Parlamento não se pronunciar.

"O pacto Global em si não é um requisito, mas é um bom quadro para lidar e fazer uma narrativa diferente sobre a migração", acrescentou Parolin, ressaltando que a "Santa Sé colaborou com este documento em uma medida decisiva". Durante entrevista com jornalistas, o cardeal também foi questionado sobre a aprovação do polêmico Decreto Salvini, que uma de suas principais medidas é a restringir a proteção humanitária.

"A posição do Vaticano é muito clara: um profundo sentido de solidariedade deve prevalecer. Não podemos colocar as pessoas nesta situação. As pessoas e seus direitos devem estar sempre no centro", finalizou. COP24 Nesta segunda-feira (3), Parolin fez um discurso na 24ª Conferência da ONU para Mudança Climática e alertou que este cenário das alterações do clima no mundo exige uma ação urgente.

O secretário de Estado vaticano afirmou que ainda é possível "limitar" o aquecimento global, mas para fazer isso será necessário uma "clara, perspicaz e forte vontade política". (ANSA)

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