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Ex-chefe de campanha de Trump mentiu sobre russos, afirma procurador

As acusações foram feitas pelo procurador especial Robert Mueller em documento protocolado nessa sexta-feira (7) em um tribunal em Washington

Ex-chefe de campanha de Trump mentiu sobre russos, afirma procurador
Notícias ao Minuto Brasil

07:25 - 08/12/18 por folhapress

Mundo Investigação

Paul Manafort, ex-chefe da campanha eleitoral do presidente Donald Trump, mentiu sobre seus contatos com a administração do republicano e outros assuntos, entre eles sua interação com um funcionário que teria laços com o serviço de inteligência russo.

As acusações foram feitas pelo procurador especial Robert Mueller em documento protocolado nessa sexta-feira (7) em um tribunal em Washington.

No mês passado, ele disse que Manafort mentiu e, com isso, quebrou um acordo firmado com o órgão. "Em suas entrevistas com o escritório da Procuradoria Especial e com o FBI [polícia federal americana], Manafort disse múltiplas mentiras discerníveis -não foram exemplos de meros lapsos de memória", afirmou Mueller nesta sexta.

O documento possui muitas partes rasuradas, mas acusa o ex-chefe de campanha de Trump de mentir inúmeras vezes em ao menos cinco diferentes áreas, incluindo sobre seu contato com Konstantin Kilimnik, um russo que trabalha na empresa de consultoria política de Manafort.

Segundo a Procuradoria, Kilimnik tem ligações com a inteligência militar russa acusada de hackear o Partido Democrata. Durante a campanha eleitoral, o russo e Manafort se encontraram duas vezes.

Mueller afirmou nesta sexta que ambos trabalharam juntos para influenciar testemunhas após a prisão do ex-chefe de campanha de Trump, no ano passado.

O procurador também acredita que Manafort mentiu sobre uma transferência financeira de US$ 125 mil feita a uma empresa contratada e sobre "informações pertinentes a outra investigação do Departamento de Justiça".

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Segundo Mueller, após assinar o acordo, em setembro, Manafort afirmou não ter tido comunicação direta ou indireta com qualquer pessoa da administração enquanto eles eram funcionários do governo. Também disse que nunca pediu a ninguém para tentar enviar uma mensagem a pessoas do governo sobre qualquer assunto que fosse.

O documento diz que que, em maio, ele falou com uma pessoa por mensagem de texto para entrar em contato com uma autoridade da administração de Trump. Além disso, ele esteve em contato com o governo ao longo de fevereiro.

Já Manafort afirma que falou a verdade nos vários encontros com a Procuradoria. Os advogados disseram que vão contestar a acusação de que ele mentiu.

Manafort, que está na cadeia desde junho, foi condenado dois meses depois por fraude bancária e fiscal. Ele foi indiciado em outubro, e, agora, corre risco de ser submetido a outras acusações, segundo os procuradores.

Mais cedo, procuradores federais em Nova York afirmaram que Michael Cohen, ex-advogado de Trump, deveria cumprir tempo "substancial" de prisão, de cerca de quatro anos, por fraude fiscal e crimes de financiamento de campanha eleitoral.

Cohen teria, entre outras coisas, feito pagamentos para a atriz pornô Stormy Daniels e à ex-modelo da Playboy Karen McDougal, para impedir que ambas contassem, durante a campanha presidencial, sobre o caso que ambas tiveram com Trump.

Nesta sexta, Mueller também acusou Cohen de mentir sobre seus contatos com a Rússia. Segundo Mueller, um russo que diz ter boas conexões em Moscou falou com o ex-advogado de Trump em 2015 e ofereceu "sinergia política" com a campanha do republicano.

Além disso, Cohen teria prestado falsas declarações sobre o projeto da Trump Tower em Moscou, ocultando o fato de que era "uma oportunidade de negócios lucrativa que buscava, e provavelmente precisava, da assistência do governo russo".

Para a Casa Branca, os documentos protocolados por Mueller sobre Manafort e Cohen e a acusação dos procuradores federais não têm novidade e não trazem informações que prejudiquem Trump.

Sarah Sanders, porta-voz da Casa Branca, disse que os documentos relacionados a Manafort "não dizem absolutamente nada sobre o presidente". Ela acusou a imprensa de "tentar criar uma história onde não existe uma". Com informações da Folhapress.

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