Cresce taxa de mortalidade no Mediterrâneo, diz Acnur
Notícia coincide com redução da atividade de ONGs na região
© Jon Nazca/Reuters
Mundo Migração
Apesar da redução do número de migrantes forçados na rota do Mediterrâneo Central, entre o norte da África e Itália e Malta, a taxa de mortalidade na travessia subiu drasticamente em 2018, de acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur).
Segundo a agência da ONU, a rota do Mediterrâneo Central registrara uma morte para cada 38 chegadas em 2017, índice que aumentou para uma a cada 14 no ano passado. O crescimento da taxa de mortalidade coincide com a redução das atividades de ONGs no mar, já que seus navios encontram cada vez mais restrições na Europa.
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De acordo com dados da Organização Internacional para as Migrações (OIM), 502 pessoas concluíram a travessia do Mediterrâneo Central nos primeiros 29 dias de 2019, enquanto 143 morreram tentando, o que representa uma taxa de mortalidade de 28,5%.
Com o reforço da Guarda Costeira da Líbia pelas autoridades italianas, 85% dos migrantes resgatados em seu litoral foram levados de volta para o país africano, onde, segundo o Acnur, as condições nos centros de detenção são "assustadoras". (ANSA)