Pelo menos 62 pessoas morreram no leste da China na sequência de uma explosão na quinta-feira (21) numa fábrica de produtos químicos, noticiou neste sábado (23) a agência estatal chinesa Xinhua, em novo balanço.

Centenas de pessoas estão recebendo tratamento médico, entre as quais 90 são feridos graves e, segundo a Xinhua, o número de mortos deverá ainda aumentar porque 28 pessoas continuam desaparecidas.

A explosão ocorreu num parque industrial em Yancheng, província de Jiangsu, por volta das 14h50 (3h50, em Brasília), após um incêndio que deflagrou numa fábrica localizada num parque industrial químico.

Alguns dos trabalhadores ficaram presos nas instalações da fábrica, após a explosão ter derrubado os edifícios. Testemunhas citadas pela Xinhua afirmam ter visto vários trabalhadores saindo da fábrica cobertos de sangue, após a explosão.

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Acidentes industriais são frequentes na China, onde, em média, morrem 70 mil trabalhadores por ano, segundo a Organização Mundial do Trabalho.

Em 2015, duas explosões nas instalações químicas da zona portuária da cidade de Tianjin, nordeste da China, provocaram pelo menos 165 mortos, e causaram prejuízos de mais de bilhões de dólares.

Segundo a organização de proteção ambiental Greenpeace, a indústria química da China, a maior do mundo, "está terrivelmente pouco regulada".

"Acidentes trágicos acontecem quase todos os dias no país", afirmou a organização, num relatório difundido no ano passado.

A maioria das 33 mil unidades de produtos químicos na China está concentrada no leste do país, onde os níveis de densidade populacional são maiores. Com informações da Agência Lusa.