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Ataques com míssil, drone e carro-bomba matam ao menos 32 no Iêmen

Um dos ataques foi assumido por rebeldes huthis

Ataques com míssil, drone e carro-bomba matam ao menos 32 no Iêmen
Notícias ao Minuto Brasil

14:30 - 01/08/19 por Folhapress

Mundo Terror

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Ao menos 32 pessoas, em sua maioria policiais, morreram e várias ficaram feridas nesta quinta-feira (1º) em dois ataques contra as forças de segurança em Aden, sul do Iêmen, anunciaram fontes oficiais e serviços médicos.

Um dos ataques foi assumido por rebeldes huthis, aliados do Irã, que lutam contra forças do governo do Iêmen, apoiado por uma coalização que inclui Arábia Saudita, Estados Unidos e Emirados Árabes Unidos. 

O Iêmen é palco de uma guerra civil desde 2014 que deixou dezenas de milhares de vítimas, além de gerar uma crise de falta de comida. Rebeldes, que dizem lutar contra a corrupção, controlam parte do território, inclusive a capital Sanaa, o que levou o governo a mudar sua sede para Aden.

Os rebeldes disseram ter usado um míssil e um drone para atacar um quartel da polícia em Al-Jalaa, 20 km ao oeste de Aden, nesta quinta. 

O general Munir al-Yafyi está entre as vítimas fatais deste ataque, informaram fontes das forças de segurança. Ele foi atingido por estilhaços de um míssil. Perto da cratera aberta pela explosão, o corpo de uma vítima foi coberto com uma bandeira.

Poucos minutos antes, um atentado suicida com carro-bomba foi executado na entrada de um quartel-general no centro de Aden. A ação foi atribuída pelas autoridades aos jihadistas. Ao menos dez pessoas morreram e 16 ficaram feridas, segundo a entidade Médicos sem Fronteiras. 

O ataque aconteceu no momento em que os policiais se reuniam para saudar a bandeira nacional. Não está claro se há relação entre os dois casos. 

Os ataques tiveram como alvos as forças do "Cinturão de Segurança", agentes de polícia treinados e equipados pelos Emirados Árabes Unidos, um dos pilares da coalizão militar liderada pela Arábia Saudita, que atua desde 2015 no Iêmen contra os rebeldes huthis.

Os ataques aconteceram após um período de relativa calma em Aden, onde o último atentado suicida havia sido registrado em 24 de julho.

No início de julho, os Emirados Árabes Unidos anunciaram a intenção de reduzir suas tropas no Iêmen, a fim de passar de uma "estratégia" de guerra para uma lógica de "paz".

Nos últimos anos, Aden, capital provisória do governo iemenita após a tomada de Sanaa pelos rebeldes huthis, foi palco de vários atentados que mataram centenas de pessoas.

Antigo posto comercial próspero do império britânico no Oceano Índico, Aden era a capital do ex-Iêmen do Sul, que foi um Estado independente até se fundir com o Iêmen do Norte em 1990.

Uma das consequências do conflito entre os huthis e as forças pró-governo foi o reforço da presença da Al-Qaeda e do grupo Estado Islâmico no sul do Iêmen, onde os extremistas reivindicaram dezenas de atentados nos últimos anos.

Mais de quatro anos após o início da intervenção da coalizão liderada por Riad, os huthis seguem no controle de áreas do oeste e do norte do país, incluindo Sanaa. O sul está, em grande parte, sob controle das forças pró-governo.

O conflito no Iêmen custou a vida de dezenas de milhares de pessoas, incluindo muitos civis, segundo várias organizações humanitárias. Cerca de 3,3 milhões de pessoas tiveram de deixar suas casas.

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