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Refundação do país não tem volta, diz Barroso em palestra

Ministro do STF discursou em evento na Universidade Stanford, nos Estados Unidos

Refundação do país não tem volta, diz Barroso em palestra
Notícias ao Minuto Brasil

05:53 - 08/12/17 por Folhapress

Política Corrupção

O ministro Luís Roberto Barroso, do STF, disse durante palestra na Universidade Stanford (EUA) que as mudanças iniciadas pelas grandes operações anticorrupção representam uma "refundação do país que não tem volta", apesar de hoje haver uma reação oligárquica contra elas.

Barroso fez a fala de abertura do seminário "Estado de Direito na América Latina", que ocorre nestas quinta (7) e sexta (8) na universidade da costa oeste dos EUA.

"O retrato hoje é devastador, mas o filme é claramente bom", afirmou Barroso. Ilustrou o "retrato" para uma audiência composta também por pesquisadores estrangeiros, mencionando a quantidade de políticos citados em delações, processados e condenados no Brasil recentemente.

Além disso, o ministro brasileiro identifica um "pacto oligárquico" na base do que chamou de reação natural contra os avanços da Lava Jato. "Essas pessoas têm aliados por todos os lados", disse.

Sobre o "filme", relembrou conquistas do país nas últimas três décadas: estabilidade institucional e monetária, além da redução da pobreza em magnitude "talvez só menor que a da China no período".

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O filme deve prevalecer sobre a foto, segundo Barroso, porque a sociedade está sintonizada com a luta contra os privilégios e porque há independência de fato nas organizações de controle, como o Judiciário, o Ministério Público e a Polícia Federal.

Para o futuro, Barroso recomendou uma agenda calcada numa reforma política que aproxime o eleitor de seu representante e baixe o custo das campanhas. Também defendeu a ampliação da inclusão social, citando descaso com a educação e o saneamento básico, e a liberalização da economia.

A sociedade brasileira está "viciada em Estado", que se tornou uma entidade apropriada pela oligarquia, afirmou. "Reduzir o Estado é a atitude progressista correta a tomar", disse Barroso, que defendeu também a reforma na Previdência para ajustar as contas públicas ao perfil demográfico do país. Com informações da Folhapress.

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