O ator argentino Ricardo Darín, de 61 anos, se defendeu das acusações de maus-tratos que vieram das atrizes Valeria Bertuccelli e Érica Rivas.

Segundo o "La Nación", Darín confirmou as denúncias das atrizes: "Estou chocado e devastado. Estou atônito. E tentando entender como as coisas aconteceram e por que elas foram se transformando em outras", disse ele a uma jornalista do programa de TV argentino "Los Ángeles de la mañana", que o abordou no aeroporto portenho nesta segunda-feira (18).

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"Já pedi desculpas, que não foram bem interpretadas. Na verdade, foram distorcidas. Estamos vivendo um momento difícil de muita hipersensibilidade com todos os movimentos dos direitos femininos, a lei do aborto, o movimento #NiUnaMenos (#NenhumaAMenos, em tradução livre). Tudo tende a pender para um determinado lado, e as histórias acabam sendo atreladas a episódios de violência de gênero, o que é um pouco perverso porque creio que não tenha nada a ver. É doloroso porque é muito difícil se defender quando tudo vai ser mal interpretado", declarou Darín.

O ator complementou: "Me colocaram no grupo dos indesejáveis. Dos que maltratam, são agressivos, violadores em série. Houve uma publicação americana que falou em 'Harvey Weinstein argentino'".

Na semana passada, a atriz argentina Valeria Bertuccelli revelou o que a fez abandonar, em 2014, a peça "Escenas de la vida conyugal", que protagonizava ao lado de Darín.

"Ele me tratou de uma maneira que não se trata uma colega de trabalho. Fiquei muito mal, cheguei a desmaiar. Muitas vezes coisas do gênero acontecem, e sempre busco resolvê-las da melhor maneira: conversando. Mas o que aconteceu foi gravíssimo", disse.