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OEA se reúne para discutir crise na Nicarágua

Mais de 300 pessoas já morreram desde o início dos conflitos

OEA se reúne para discutir crise na Nicarágua
Notícias ao Minuto Brasil

16:38 - 18/07/18 por ANSA

Mundo Crise

O conselho permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA) se reúne nesta quarta-feira (18) para "continuar considerando a situação na República da Nicarágua".   

O assunto principal será a resolução apresentada na última sexta-feira (13) por Argentina, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Estados Unidos e Peru. As informações são do site nicaraguense "El Nuevo Diario".   

A proposta elaborada pela Missão de Acompanhamento Eleitoral, destacada pelos países para analisar a crise nicaraguense, recomenda que o governo tome diversas medidas, inclusive o adiantamento das eleições.   

Está é a quarta vez que a OEA se reúne para analisar a crise política na Nicarágua. Nas sessões anteriores, o governo do presidente Daniel Ortega teve o apoio de Venezuela e Bolívia e foi condenado por Estados Unidos, México, Colômbia, Peru, Costa Rica, Canadá, Chile, Brasil, Paraguai, Argentina, Equador e Uruguai.   

A OEA, por meio de seu secretário-geral, o uruguaio Luis Almagro, já havia exigido em junho o cessar-fogo imediato, após um relatório da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) ter atestado graves violações, e propôs que novas eleições fossem realizadas em até 14 meses. Na ocasião, Almagro sugeriu que os conflitos fossem transferidos "das armas às urnas".   

O relatório atestou que muitos dos mortos em quase três meses de protestos foram baleados na cabeça, no pescoço e nos olhos.   

Segundo o secretário-executivo da CIDH, Paulo Abrão, isso constitui prova de que "atiraram para matar". Exames balísticos realizados pelos investigadores da comissão revelaram que as balas, de alto calibre, partiram de armas normalmente usadas pelas forças de segurança.   

Os confrontos na Nicarágua começaram por causa de uma reforma previdenciária do governo Ortega, que comanda o país desde 2007, mas continuaram após o presidente desistir do projeto e agora criticam sobretudo o regime opressivo do líder sandinista. Mais de 300 pessoas já morreram desde o começo dos conflitos. (ANSA)

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