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Após 19 meses da convocação, Queiroz depõe ao MP pela primeira vez

O advogado de Queiroz disse que não pode revelar o teor do que foi dito aos investigadores por causa do sigilo imposto ao processo.

Após 19 meses da convocação, Queiroz depõe ao MP pela primeira vez
Notícias ao Minuto Brasil

22:15 - 16/07/20 por Estadao Conteudo

Política rachadinha

Fabrício Queiroz prestou na quarta-feira, 15, seu primeiro depoimento ao Ministério Público do Rio no âmbito da investigação sobre as "rachadinhas" no gabinete de Flávio Bolsonaro. A primeira convocação foi feita há 19 meses, mas, na ocasião, ele se limitou a apresentar um esclarecimento por escrito aos promotores.

O depoimento foi prestado em vídeo. Queiroz está em casa, na zona oeste do Rio, cumprindo prisão domiciliar. Ele tem a companhia da mulher, Márcia Oliveira de Aguiar, que estava foragida antes da decisão do Superior Tribunal de Justiça favorável ao casal. O suposto operador de Flávio Bolsonaro foi preso no dia 18 de junho e solto na última sexta-feira.

Procurado para comentar o depoimento, o advogado de Queiroz, Paulo Emílio Catta Preta, disse que não pode revelar o teor do que foi dito aos investigadores por causa do sigilo imposto ao processo.

O ex-assessor foi ouvido pelos promotores do Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção, que toca a investigação contra Flávio e seus antigos funcionários na Assembleia Legislativa do Rio, quando o hoje senador era deputado estadual. O interrogatório foi noticiado pelo jornal O Globo e confirmado pelo Estadão. No último dia 7, o filho do presidente Jair Bolsonaro também prestou seu primeiro depoimento após 18 meses da convocação inicial.

Enquanto isso, o MP aguarda o desfecho do julgamento sobre o foro do senador pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para apresentar a primeira denúncia do Caso Queiroz. O processo corre há cerca de dois anos na Promotoria. A principal medida cautelar adotada ao longo da investigação foi a própria prisão preventiva de Queiroz, acusado de tentar obstruir as apurações. Além disso, o MP conseguiu na Justiça quebras de sigilo e mandados de busca e apreensão que renderam materiais importantes para embasar as acusações.

No início deste mês, o Estadão revelou mensagens inéditas contidas no celular de Márcia que mostravam como a família de Queiroz lidava com Frederick Wassef, ex-advogado de Flávio que escondeu o ex-assessor em Atibaia. O jornal também noticiou a existência de uma espécie de caderneta-guia com orientações de Queiroz a Márcia caso ele fosse preso - havia nela, por exemplo, contatos da família Bolsonaro.

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